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"FEVEREIRO LARANJA"

Evento irá atualizar profissionais de saúde sobre diagnóstico e tratamento de câncer em crianças

A programação abordará sobre os sinais e sintomas da doença, diagnóstico e protocolos de acesso ao tratamento no estado do Pará

Por Roberta Vilanova (SESPA)
15/02/2023 10h15

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizará, no próximo dia 27 de fevereiro, no auditório da Sespa, em Belém, um evento destinado aos profissionais de saúde da Atenção Básica, Regulação, Hospitais Regionais, Unidades de Referência e organizações não governamentais tendo como foco o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, que transcorre nesta quarta-feira (15) e em alusão ao Fevereiro Laranja, que promove a conscientização sobre a leucemia.

Segundo a coordenadora estadual de Atenção Oncológica, Patrícia Martins, o objetivo do encontro é atualizar os profissionais de saúde sobre os sinais e sintomas da doença, diagnóstico e protocolos de acesso ao tratamento no estado do Pará. “Queremos que os profissionais de saúde estejam cada vez mais preparados durante o atendimento de crianças nas unidades de saúde, para suspeitar de câncer e assegurar o diagnóstico precoce da doença”, explicou.

O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil foi criado em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI) para sensibilizar e conscientizar a população mundial sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes com câncer, aos sobreviventes e suas famílias. 

Atualmente, a cada três minutos uma criança morre de câncer; a cada ano, mais de 300 mil crianças com idades entre 0 e 19 anos são diagnosticadas com a doença em todo o mundo e, aproximadamente, oito em cada dez crianças vivem em países de renda baixa e média, onde a taxa de sobrevivência é de quase 20%.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Iniciativa Global para o Câncer na Infância, propõe que o combate ao câncer infantil seja uma prioridade nacional e global a fim de eliminar a dor e o sofrimento das crianças que lutam contra a doença e alcançar pelo menos 60% de sobrevivência para todas as que são diagnosticadas em todo o mundo até 2030. Isso representa o dobro da taxa de cura atual, e poderá salvar a vida de mais de um milhão de crianças na próxima década.

Com esse intuito, o Brasil instituiu, em 2022, a Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica, regulamentada pela portaria nº 14.308, com a finalidade de aumentar os índices de sobrevida, melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade e o abandono ao tratamento das crianças e adolescentes com câncer.

Enquanto muitos cânceres adultos têm sido associados a questões ambientais, ocupacionais ou de estilo de vida, como dieta, álcool e tabagismo, as causas da maioria dos cânceres infantis ainda são desconhecidas.

Estatística no Pará - Conforme o Painel de Oncologia do Ministério da Saúde, o Pará registrou 624 casos de câncer em crianças de 0 a 19 anos em 2021 e 315 em 2022. Os tipos mais incidentes são a leucemia linfoide, doença de Hodgkin, neoplasias malignas do encéfalo, dos ossos e cartilagens articulares dos membros, do tecido conjuntivo e de outros tecidos moles, linfoma não-Hodgkin difuso, leucemia mieloide, neoplasia maligna do rim, exceto pelve renal, neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido de outras localizações e neoplasia maligna dos ossos e das cartilagens articulares de outras localizações.

Patrícia Martins informou, ainda, que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), pais e médicos devem ficar atentos aos seguintes sinais apresentados por crianças: 

  • Palidez, hematomas ou sangramento; caroços ou inchaços, especialmente se forem indolores, sem febre ou outros sinais de infecção;
  • Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, suores noturnos;
  • Alterações nos olhos, como: pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;
  • Inchaço abdominal;
  • Dor de cabeça, especialmente se for incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias);
  • Dor em membros como braços ou pernas, ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção;
  • Fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como isolamento;
  • Tontura, perda do equilíbrio ou da coordenação.            

Programação - O evento ocorrerá de 8h30 às 16h20 e abordará os temas “A saúde da criança no estado do Pará”, “A situação atual do câncer infanto-juvenil no estado do Pará”, “A importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil”, “Leucemias na Infância”, “Protocolo de acesso e regulação do câncer infanto-juvenil”, “A família da criança com câncer”, “A importância do voluntariado: a experiência da Casa de Apoio Ronald McDonald” e “Apoio pedagógico para crianças e adolescentes com câncer”.

Serviço: Os profissionais interessados devem se inscrever pelo link a seguir:
https://forms.gle/oytecTTHVUXwLnw29