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Estudante da rede estadual é selecionada no projeto "Futuras Cientistas"

Esta foi a primeira vez que a Região Norte foi contemplada pelas ações do programa, que é executado na Universidade Federal do Pará (UFPA), parceira do projeto no estado

Por Bruno Magno (SEOP)
11/02/2023 09h27

Estudante do terceiro ano da Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Amazonas Pedroso, em Belém, a jovem Luísa Gonçalves Moreira, de 16 anos, foi uma das alunas do Brasil selecionadas para o projeto "Futuras Cientistas", do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, para o plano de trabalho “Fotografando a Ciência – Ampliando a visão para questões socioambientais da Amazônia".

A iniciativa foi criada em 2012 com o objetivo de estimular o interesse e promover a participação de mulheres professoras e estudantes do ensino médio, nas áreas de ciência e tecnologia, por meio da aproximação a centros tecnológicos e instituições de ensino e pesquisa. No Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado neste sábado (11), a história de Luísa é um belo exemplo de inspiração para muitas jovens do estado que desejam seguir carreira científica. 

"Fiquei sabendo do projeto por meio da minha professora de química, que me convidou a participar do processo seletivo. Passamos por todas as etapas, fui chamada e iniciei na turma do início deste mês. Acredito que participar deste projeto é uma ótima oportunidade para adquirir conhecimento. Sempre me interessei pela ciência, então está sendo uma oportunidade gratificante, principalmente porque o curso é voltado para estudantes do sexo feminino do ensino médio. Precisamos de mais cientistas mulheres", destaca Luísa.

Esta foi a primeira vez que a Região Norte foi contemplada pelas ações do programa, que é executado na Universidade Federal do Pará (UFPA), parceira do projeto Futuras Cientistas no estado. As aulas começaram no dia 06 de fevereiro e vão até o dia 24 deste mês. Desde o começo do curso, Luísa e as outras estudantes selecionadas no Pará entraram em contato com a ciência por meio de aulas práticas e experimentos nas aulas de química, física e biologia. Também já tiveram noções de astronomia. As aulas são ministradas pelos próprios professores da UFPA.

"Como estou no terceiro ano do ensino médio, com o projeto pretendo descobrir em qual área da ciência me identifico mais para seguir numa carreira dentro dessa área. O projeto está me despertando para várias linhas na ciência", completa ela. 

Projeto - As alunas e professoras do Brasil foram selecionadas por meio de um edital publicado em 2022 em um processo seletivo bastante concorrido do "Futuras Cientistas", que levou em conta a análise do boletim escolar das alunas do 2º ano do ensino médio em relação às disciplinas de biologia, química, física e matemática. Foram ofertadas 470 vagas nas 27 unidades da federação, e uma delas foi conquistada pela Luísa.

"Já é uma vitória imensa, pois isso começa a instituir na escola a movimentação da importância da participação da família, da importância de participação em projetos e olimpíadas científicas, além da importância dos nossos colegas professores a utilizarem o boletim on-line para o lançamento de notas. É muito gratificante ver nossa aluna, ainda no ensino médio, já com o pé na universidade, fazer parte do projeto. Hoje uma palavra que define o meu sentimento como professora é: gratidão. Apesar da constante desvalorização da educação brasileira, ainda é possível estimularmos nossos estudantes através do conhecimento científico", disse a professora Cintia Aliny de Souza, professora de química da escola, e que incentivou Luísa ao projeto.

Todas as participantes selecionadas pelo Brasil recebem brindes exclusivos e bolsa-auxílio de R$483, além de vivenciar a experiência de fazer ciência. O "Futuras Cientistas" é um programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) que estimula o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática que conta com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional.

“O projeto é de suma importância para Escola Pedro Amazonas Pedroso porque sabemos que nossos alunos, que são oriundos de várias demandas sociais, de várias áreas de Belém, sempre estão primando por espaço e condições de aprendizagem, então essa iniciativa nos permite que os alunos tenham novas visões e perspectivas para esse processo de aprendizagem. Esse projeto é muito importante para nossas alunas porque elas percebem que além da sala de aula, do contexto pedagógico, temos outras perspectivas”, finaliza Elizabete Aguiar, diretora da Escola Pedro Amazonas Pedroso.