Semas promove curso de qualificação de técnicos do estado para utilização de aplicativo
O Agrotag é uma plataforma de Geotecnologia voltada para apoio ao monitoramento de ações de redução de Gases de Efeito Estufa (GEEs)
Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-PA) participaram de uma capacitação, na última segunda (06) e terça-feira (07) conduzida por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no prédio da Semas, em Belém.
O objetivo da qualificação foi a utilização do aplicativo AgroTag Pará, o módulo customizado da ferramenta Agrotag, desenvolvido de acordo com as características particulares do programa Territórios Sustentáveis (TS), executado pelo Governo do Estado do Pará. O Agrotag, plataforma de Geotecnologia para apoio ao monitoramento de ações de redução de Gases de Efeito Estufa (GEEs), começou a ser aplicado há dois anos pelo Governo do Estado nas ações do TS.
O Sistema AgroTag começou a ser desenvolvido há seis anos pela Embrapa e pela Plataforma Multi institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (Plataforma ABC) para ser ferramenta de apoio à estruturação da rede colaborativa de uso e cobertura das terras e dos Sistemas Produtivos Agropecuários e Florestais. O aplicativo atua na coleta, análise e compartilhamento de dados de campo para qualificação do uso e cobertura das terras no Brasil.
O curso foi iniciado com apresentação do aplicativo e em seguida os pesquisadores explicaram como foi feita a customização do Sistema Agrotag para o Territórios Sustentáveis e como é realizado o uso da ferramenta em campo.
"Nós procuramos passar uma visão geral para os técnicos entenderem como foi feita essa parceria do Agrotag com a Semas e entender mais sobre o aplicativo, além da estrutura que utiliza os dados do WebGis", afirma Luciana Spinelli. "O nosso foco é fazer uma atualização da equipe para uma contextualização do Agrotag Pará, a ferramenta com o módulo customizado para o estado", explica a pesquisadora Luciana Spinelli.
Tecnologia - O aplicativo permite aos técnicos o acesso a informações como imagens de satélite, dados censitários, bases de dados estratégicas, uso e cobertura da terra das regiões de interesse. Também disponibiliza informações coletadas em campo para consultas e análises integradas on-line, com geração de mapas e relatórios automáticos. Através deste sistema, os usuários podem realizar de forma rápida o acesso e o compartilhamento de dados coletados em campo.
Spinelli explicou que o aplicativo foi projetado para garantir fluidez e segurança. "A partir do momento em que os técnicos estão em uma área com internet, essas informações são diretamente recebidas aqui, pelos analistas e coordenadores. É um fluxo contínuo de coleta, de geração e análise de dados sem interrupção e com muito mais segurança porque é feito automaticamente, evita perda dos dados e gera muito menos erros. A gente fez um formulário bastante intuitivo e interativo. Muitas das perguntas já estão numa lista de seleções, o que facilita o preenchimento em campo. Todos esses formatos facilitam, garantem rastreabilidade de informação, você sabe exatamente o dia e local em que o técnico estava, qual informação que ele coletou, você tem uma foto associada àquele ponto georreferenciado, então, é uma informação muito mais robusta para a análise ser realizada pela Semas".
O técnico da Semas, Cleyton Amin, diz que o sistema agilizou os procedimentos de coleta e análise de dados. "O diferencial do Agrotag é este, quando a inscrição do proprietário é feita, simultaneamente aquela inscrição chega aqui na Sema através do aplicativo".
Tiago Leão, técnico responsável pelo Núcleo de Crédito Rural da Emater-PA, conheceu detalhadamente o Agrotag na oficina promovida pela Semas e afirma que a aplicação irá aperfeiçoar sua atividade. "Não conhecia a ferramenta e achei muito bem elaborada. A gente consegue, através dos cadastros feitos no sistemas e das informações que são alimentadas, visualizar melhor o que a Emater está trabalhando no campo, as atividades que estão sendo desenvolvidas, a questão socioambiental das propriedades. Então, é uma ferramenta importante para a gestão e execução do nosso trabalho enquanto técnicos da extensão rural”.
"Grande parte do projeto é transformar vários sistemas manuais com ganho de tempo muito grande. Um processo que durava 15 dias, só leva um dia com o Agrotag. Você tem todo registro feito em bloco, evitando também extravio de dados. Para a Semas e para o técnico, você tem a segurança de que a informação foi levantada em campo", afirma Luiz Vicente, da Embrapa.
Usabilidade - O módulo padrão do AgroTag é voltado para o público em geral, com uma base de dados geoespaciais, incluindo o mosaico gerado a partir de imagens de alta resolução Rapideye, adquiridas pelo Ministério do Meio Ambientes. O aplicativo também disponibiliza dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), gerados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
No aplicativo, o usuário tem acesso a formulário onde pode identificar sua área de interesse, selecionando as classes de agricultura, pastagem, florestas plantadas e outros, e qualificar esses sistemas com informações sobre as culturas e espécies forrageiras, por exemplo. Além do ponto de interesse georreferenciado, o usuário tem acesso a funcionalidades como fotos e desenhos também georreferenciados, possibilitando a atualização das informações de sua propriedade a cada safra.
Agrotag Pará - No Pará, o sistema foi personalizado para o aplicativo AgroTagPará, desenvolvido com a finalidade de apoiar o processo de gestão das propriedades cadastradas no programa Territórios Sustentáveis.
Através deste aplicativo, os técnicos do estado podem realizar os procedimentos de identificação, qualificação e compartilhamento de informações sobre o uso e cobertura de terras e sistemas produtivos das áreas cadastradas no programa.
O aplicativo disponibiliza informações técnicas coletadas em campo acompanhadas de registros fotográficos e desenhos georreferenciados das áreas de interesse, que são enviadas de forma automática para a Plataforma WebGis, interface on-line que abriga os dados que podem ser acessados pelos usuários pela Semas. Com as informações, os técnicos podem usar ferramentas de análises espaciais que permitem a geração de relatórios consolidados e mapas de saída.
A WebGis permite a visualização do conjunto de pontos amostrados, tendo como fundo imagens gerados por Google e Google Satélite ou pelo mosaico de imagens de alta resolução gerado pelo sistema Rapideye, disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente. A base de dados do sistema também é alimentada por informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR) geradas pelo Serviço Florestal Brasileiro