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No Pará, mulheres militares comemoram 41 anos na corporação

Policiais femininas celebram conquistas e compartilham inspirações da carreira militar no estado

Por Denise Soares (SECOM)
02/02/2023 09h00

Pelos céus do Pará, o trabalho da tenente Suzane Silva, vai além de operações de segurança pública, ambientais e no apoio aeromédico. A cada voo, a primeira piloto da Polícia Militar e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado (Graesp) lembra de como chegou ao posto e sente que cumpre um chamado especial. 

“Aos 22 anos, durante um Círio de Nossa Senhora de Nazaré, eu tive essa vontade no meu coração de me tornar piloto ao olhar para o céu e ver uma homenagem. Então, eu estudei pra que isso acontecesse, aos 35 anos. Tenho uma honra imensa em pertencer. Para mim foi um caminho glorioso porque foram escadas. Cada degrau alcançado com muita dedicação. Além da minha missão de servir, proteger e salvar, voar por todo Pará levando esperança, ir aonde nenhum outro meio de transporte vai, isso sem dúvida, sempre será minha melhor missão”, compartilha a tenente.

A vitória na carreira da piloto é parte da história de conquistas da corporação feminina na Polícia Militar do Pará, que começou em em 1º de fevereiro de 1982, com a primeira turma de policiais femininas no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), na ilha de Outeiro, em Belém. 

"Meu desejo é ver muito mais colegas aqui. Nós precisamos nos unir e nos apoiar. A presença feminina é muito importante em todas as instituições. As mulheres têm um olhar diferenciado. Me vejo como instrumento que abriu uma porta para que a gente possa trabalhar em prol da população”, completa a tenente Suzane Silva. 

Hoje, com mais de três mil policiais militares, são muitos exemplos de mulheres que passaram a exercer cargos de destaque, chefia, comando e assessoramento superior, em uma atuação dedicada a valorizar a presença do gênero em vários ambientes da corporação.

Inspiração - Há 12 anos no Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (ROTAM), a cabo Cláudia Coimbra lembra que o sonho de se tornar policial militar nasceu de assistir mulheres em treinamento com a tropa.

“Eu morei um tempo próximo ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, via aquela movimentação e tive esse sonho de participar também. Eu era atleta, então entrar na Rotam foi questão de determinação e coragem. Superei os desafios, peguei experiência. Tive boa aceitação dos demais colegas. É uma experiência ímpar. Aprendemos todo dia a lidar com a comunidade, com os equipamentos específicos, na rua temos sempre uma situação diferente. Todo dia temos que treinar um pouco mais. A gente vê a importância da mulher no serviço operacional. A comunidade se sente mais segura ao ver uma mulher”. 

Iniciativas - Em 2022, o Governo do Pará investiu em iniciativas em prol do público feminino na corporação, como a entrega de coletes balísticos apropriados à anatomia da mulher, a Sala de Atendimento à Mulher Policial Militar e a realização do I Seminário de Mulheres Militares do Pará.