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Projeto Aluno Repórter leva à Feira do Livro debate sobre racismo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
02/06/2018 00h00

Para possibilitar a estudantes de escolas estaduais do município de Bragança (no nordeste paraense) a teoria e prática da comunicação interligada a conteúdos pedagógicos, o projeto “Aluno Repórter – A Imprensa na Escola Rádio e TV” está na XXII Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar – Centro de Convenções e Feira da Amazônia, em Belém. Esta é a décima participação do projeto no evento literário.

A programação, realizada no estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na tarde deste sábado (2) reuniu estudantes e professores oriundos de Bragança. Eles trouxeram para a Feira uma amostra das atividades que os estudantes supervisionados por professores desenvolvem nos estúdios da Fundação Educadora de Educação, em Bragança, parceira do “Aluno Repórter”.

“Nós vamos estar na Feira de hoje até segunda-feira (4). Estamos muito felizes em participar dessa grande festa de incentivo à leitura que é a Feira do Livro, e com a oportunidade de prestar esse serviço de transmitir ao vivo notícias e entrevistas da Feira por meio da nossa radioweb”, disse o professor e radialista Roberto Amorim, da coordenação do projeto.

O “Aluno Repórter” congrega 800 estudantes. Este ano, o projeto acolhe também 115 alunos do ensino regular e 80 do Projeto Mundiar, que busca a correção da distorção idade-ano escolar.

O projeto atende estudantes de escolas estaduais nos municípios de Bragança, Tracuateua, Augusto Corrêa, Viseu e Cachoeira do Piriá, todos no nordeste paraense. Os alunos participam de oficinas audiovisuais virtuais e presenciais, ministradas voluntariamente por profissionais do rádio e da TV. Em 2018, o “Aluno Repórter” terá a reformulação dos laboratórios de rádio e televisão e da sala da coordenação do projeto.

Nos estúdios do projeto na Feira do Livro atuam os estudantes Ana Paula Melo, 16 anos, da Escola Estadual Prof. Bolívar Bordalo da Silva; Cleison Barbosa, 18 anos, do Sistema Educativo Radiofônico de Bragança; Luís Felipe Santos Cunha, 16 anos, da Escola Professor Galvão, do município de Augusto Corrêa, e Paulo Santos, 18 anos, da Escola Do Rocha. O dirigente da Fundação Educadora, Diego Fernando Ribeiro e Silva, integra a comitiva bragantina na Feira.

“Eu era tímida, e a partir do projeto aprendi a me expressar melhor. Ingressei no projeto por curiosidade, e estou há um ano no Aluno Repórter”, destacou a estudante Ana Paula Melo.

Contra o racismo - A Coordenadoria de Educação para a Igualdade Racial (Copir/Seduc) promoveu um debate sobre racismo, no estande da Seduc. A programação contou com pronunciamentos de dirigentes do Instituto Federal do Pará (IFPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Os técnicos das instituições foram entrevistados ao vivo pelos professores e estudantes do “Aluno Repórter”.

A professora Helena Rocha, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), do IFPA, informou que o Núcleo produz tecnologias educacionais no formato de jogos, que por meio de cooperação técnica com a Seduc passam a ser utilizados nas escolas do Estado. Esses jogos servem para o ensino de disciplinas afins com as relações étnico-raciais. “As diferenças assustam, e a sociedade não está preparada para lidar com nenhuma diferença. O papel da escola é fazer uma intervenção contra o racismo, mas para a intervenção dentro da sala de aula o professor tem que estar preparado. E é isso que a Copir está fazendo, junto com o Neab e outros parceiros”, afirmou a professora Helena Rocha.

A professora Lúcia Santana, do MPEG, abordou o Projeto Trilha Afro-Amazônica, que conta com um roteiro no Parque Zoobotânico do Museu, no qual estudantes da rede pública aprendem a história dos negros na região a partir de elementos naturais.

“A Feira do Livro é um espaço de longo alcance, de irradiação de cultura e, por isso, é um espaço estratégico para nós discutirmos a questão da igualdade racial, da promoção da política pública em prol da qualidade de vida das pessoas afro-descendentes, a partir de um trabalho nas escolas”, enfatizou a coordenadora da Copir, Creuza Santos.