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‘Artesanato na Varanda’ alivia o estresse de mães de pacientes no Hospital Abelardo Santos

A atividade, realizada na unidade de saúde desde 2022, também estimula o empreendedorismo e promove interação social

Por Governo do Pará (SECOM)
12/01/2023 12h58

Na varanda do Hospital Abelardo Santos, as mães exercitam a criatividade e reduzem o estresse provocado pelos períodos de internação dos filhosMesa, cadeiras, retalhos de tecidos, linhas e agulhas agora compõem o ambiente da varanda do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS). Com uma vista privilegiada de Icoaraci, distrito de Belém, onde fica a unidade, mães e acompanhantes de crianças internadas na pediatria passaram a participar de oficinas de artesanato, para confecção de chaveiros de flores de tecido. A ação “Artesanato na Varanda” visa estimular a criatividade e o empreendedorismo, e minimizar a ansiedade durante o período de hospitalização.

Chaveiros confeccionados com restos de tecidoA dona de casa Leiziane Ferreira, 23 anos, moradora do bairro do Atalaia, em Ananindeua (Região Metropolitana de Belém), acompanha o filho Leandro Gabriel, 03 anos, desde 19 de dezembro de 2022. O menino foi internado na unidade com pneumonia, e continua em tratamento sem previsão de alta. Ao participar da oficina, na quarta-feira (11), Leiziane disse que participaria da atividade todos os dias, porque “faz bem para a mente”.

Outra participante da programação é a feirante Danielle Silva, 20 anos, que acompanha a filha Laura Ferreira, um ano de idade, internada desde a semana passada devido a uma infecção intestinal. “Esse tipo de atividade nos ajuda com a ansiedade, e deixa o nosso dia mais leve. Foi realmente muito bom”, disse Danielle.

Interação - Para a supervisora de Humanização do HRAS, Suzane Gonzaga, a ação proporciona um momento de interação por meio de atividades manuais, além do estímulo ao empreendedorismo e à troca de experiências, que melhora a saúde mental das acompanhantes, também afetada pelo período de internação. “Enquanto realizamos a confecção de chaveiros, conversamos sobre essa permanência dentro do ambiente hospitalar para fortalecer o entendimento de forma positiva e resiliente”, destacou.

A artesã Darlene Campos, do grupo voluntário Artesão Nota Mil, foi a responsável por ensinar a técnica artesanal do fuxico às participantes, usando retalhos para fazer os chaveiros. “É uma satisfação usar meu dom para transmitir conhecimento. Essa é uma técnica simples. Basta ter pedaços de tecido, linha e agulha, que podem ser usados para customizar diversos itens, como bolsas, roupas e até fazer tapete”, explicou.

Terapia - Para a terapeuta ocupacional do HRAS Danielle Ferreira, as oficinas terapêuticas são uma estratégia humanizada para tentar diminuir as repercussões negativas da hospitalização, e tem como objetivo promover atividades de lazer, trabalhando o estresse provocado por longas internações.

“Através da oficina, podemos promover um ambiente mais acolhedor, possibilitando um espaço de trocas e treinos de habilidades, interação social”, acrescentou.

De acordo com o diretor-geral do HRAS, Jean Spricigo, as oficinas também visam tirar a atenção do usuário da doença, e ajudá-lo a se relacionar com temas externos ao ambiente hospitalar. “Com a ação, objetivamos promover momentos agradáveis, para amenizar a rotina da internação. As pessoas deixam o quarto para socializar, interagir e trocar experiências, ao mesmo tempo em que desenvolvem uma nova habilidade, além de oportunizar a geração de renda”, disse o gestor.

Humanização - As oficinas de artesanato já ocorrem mensalmente no HRAS desde 2022, para diminuir estresse e ansiedade. A atividade promove inclusão e socialização, atuando como processo terapêutico.

O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos é uma unidade pública com 340 leitos de internação, entre clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), adulto e pediátrico. A unidade é administrada pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HRAS dispõe de diversos projetos e ações de humanização para acolher pacientes e acompanhantes.

Texto: Ascom/HRAS