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Hospital Abelardo Santos realiza mais de 17 mil sessões de hemodiálise em 2022

Tratamento é imprescindível para manter a vida de pessoas que perderam a função renal

Por Governo do Pará (SECOM)
04/01/2023 11h25

O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), localizado no distrito de Icoaraci, em Belém, registrou mais de 17 mil sessões de hemodiálise no período de janeiro até dezembro de 2022, tornando-se uma referência no estado do Pará em Nefrologia. A unidade mantém uma clínica de hemodiálise com mais de 90 pacientes divididos em três turnos, além de oferecer a terapia em leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

O tratamento propõe exatamente a execução da função do rim, retirando as substâncias tóxicas, água e sais minerais com o auxílio de uma máquina.

“A hemodiálise é indicada para pacientes que apresentam algum tipo de insuficiência renal crônica, caracterizada pela lesão irreversível dos rins, mantida por três meses ou mais. Quando diagnosticada de forma precoce, sua progressão pode ser controlada ou retardada, na maior parte dos casos”, é o que explica o médico nefrologista Luis Cláudio, responsável pelo setor de diálise do HRAS.

Ainda de acordo com o profissional, existem três tipos de Terapia Renal Substitutiva. “Além do transplante de órgão, existe a diálise peritoneal, também disponibilizada pelo Hospital Abelardo Santos. O procedimento é realizado por uma pequena máquina e ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural denominado peritônio, que é uma membrana porosa e semipermeável e que reveste os principais órgãos abdominais”, reforçou.  

Perfil - Atualmente, cerca de 50% dos pacientes que estão dentro do Programa de Terapia Renal Substitutiva (STRS) do HRAS são diabéticos. “A glicose alterada afeta todo o sistema interno do paciente, podendo levar a quadros inflamatórios. Altos níveis de açúcar fazem com que os rins filtrem muito sangue, sobrecarregando os órgãos e levando à perda de proteínas na urina, por isso, a necessidade em realizar a terapia”, ressalta o especialista. 

Moradora de Muaná, cidade localizada na Ilha do Marajó, Rosana Vinagre, de 52 anos, teve a vida transformada durante a pandemia. Ao ser diagnosticada com a Covid-19, a dona de casa também recebeu a notícia de que, por conta da diabetes, seus rins estariam sobrecarregados. “Iniciei a diálise peritoneal aqui no Abelardo há um ano. E de lá para cá tenho sido muito bem amparada. A equipe tira todas as dúvidas em relação ao tratamento, além de acompanhar rigorosamente a evolução do meu quadro”, afirmou Rosana.

Terapia - O aposentado Michel Augusto, de 49 anos, faz hemodiálise no HRAS há um ano. “Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), descobri, também, que um dos meus rins não estaria funcionando completamente. Passei por um nefrologista aqui no Abelardo e logo em seguida iniciei a terapia. Hoje, faço hemodiálise três vezes na semana. Não é fácil. Mas, apesar dos desafios, sei que é o melhor para minha saúde”, afirmou Michel.

Humanização - Durante o procedimento, o Abelardo Santos oferta wi-fi, alimentação, além do serviço de fisioterapia para amenizar os incômodos dos pacientes. “Temos uma equipe de profissionais altamente qualificados. Além dos médicos, enfermeiros e técnicos, contamos com a equipe multiprofissional com o recurso da fisioterapia e da nutrição, por exemplo. Nossa perspectiva é que o serviço se amplie e a terapia salve muitas vidas”, enfatizou o diretor geral do HRAS, Jean Cleber. 

Doença - A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica-IRC), os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente.

“As doenças não provocam sintomas significativos ou específicos nos estágios iniciais, fazendo com que seja fundamental o conhecimento sobre a doença, seus principais fatores de risco (como hipertensão arterial ou diabetes mellitus) e exames simples de rastreamento diagnóstico (creatinina sérica e exame de urina). A DRC pode ser grave, principalmente quando evolui para estágios avançados, quando são necessários tratamentos como a diálise e o transplante renal”, acrescentou o nefrologista Luis Cláudio.

Serviço: O Regional Abelardo Santos é uma unidade pública, administrada pelo Instituto Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HRAS mantém 340 leitos de UTI e Clínicos (pediátricos e adultos), atende a 13 especialidades médicas, e conta com o serviço de equipes multiprofissionais, entre elas, a hidroterapia. Além disso, são realizados 20 tipos de exames de imagem e dispõe de 350 especificações para solicitação de diagnósticos laboratoriais.

Texto: Ascom HRAS