Musicoterapia auxilia no tratamento de pacientes do Hospital Metropolitano
O uso da música tem feito parte do processo de recuperação de internados na unidade hospitalar, que faz parte da rede de saúde pública do Estado do Pará
Pacientes do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, estão usando a música para combater sentimentos negativos trazidos pelo período de internação, entre eles estresse e ansiedade.
Dentro da unidade, a musicoterapia, como é chamado o uso da música no processo terapêutico, auxilia no tratamento dos pacientes, além de proporcionar um momento de lazer e conforto emocional.
Por meio do projeto “Musicoterapia: um canto de amor”, iniciativa dos setores Humanização e Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), os voluntários do grupo Abecas Capelania Internacional cantam e tocam músicas e louvores com internados e profissionais de saúde.
De acordo com a psicóloga Emily Antunes, a atividade tem um importante papel no tratamento, principalmente de pacientes com longa permanência, já que precisam ficar longe do convívio de familiares e amigos.
“É importante mencionar que a musicoterapia pode agir fortemente no emocional dos pacientes, uma vez que a música tem diversas representações. Esse é um momento de descontração, de reconexão e a oportunidade de se distanciar um pouco dos processos que envolvem a internação”, explica.
A profissional acrescenta ainda, que durante o tratamento de traumas graves, perfil dos pacientes recebidos pelo HMUE, o apoio psicológico trazido pela atividade interfere diretamente no bom percurso do auxílio clínico. “Quando o paciente encontra um grupo que está passando pelos mesmos processos de tratamento, que, muitas vezes, exigem tempo gera uma sensação de proximidade e conforto. Isso age diretamente para uma recuperação mais rápida e efetiva”, complementa Emily.
Geni Lopes, de 46 anos, é de Salvaterra, localizada na Ilha do Marajó, no Pará, e está acompanhando o cunhado, internado há três meses no Hospital Metropolitano. Para ela, o momento ficará marcado.
“Nem sei explicar o quanto essa atividade faz bem para nós. É um momento de descontração com e um fortalecimento da fé, da gratidão ao próximo que dedicou um tempo de sua vida para vir para cá. Com certeza, inesquecível”, comentou.
As lágrimas nos olhos de Diane Nogueira, 45, que acompanha um amigo durante o período de tratamento, entrega que a emoção sentida durante a musicoterapia. “Jamais imaginei vivenciar isso aqui dentro. Todos ficam fragilizados, mas manter a fé é necessário. É importante acreditar que tudo vai ficar bem. Essas lágrimas são de emoção e gratidão, nada de tristeza”, pontua.
Gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência é a maior unidade do Estado para o atendimento e tratamento de vítimas de traumas de diversas complexidades. Com 208 leitos, o hospital se destaca pelo cuidado humanizado ofertado.
“Os nossos esforços estão ligados diretamente em oportunizar uma melhora contínua dos nossos pacientes e, com isso, seguir a nossa principal meta, que é salvar vidas. Esse projeto é um dos que comprovam isso”, comenta Roberta Cardins, coordenadora de humanização do Metropolitano.
Texto: Alberto Dergan