Força de Elite da Secretaria de Administração Penitenciária completa um ano

O Grupamento de Ações Penitenciárias (GAP), principal força de elite da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), celebrou nesta quarta-feira (28), seu primeiro ano de atividades. Composto inicialmente por 45 policiais penais, selecionados por meio do primeiro curso de formação em ações penitenciárias, o GAP é hoje parte fundamental na estrutura da SEAP, no que concerne à manutenção da ordem e segurança nas unidades prisionais paraenses. A celebração reuniu o comando da SEAP, diretores, integrantes do grupamento e familiares com a entrega de prêmios e brindes ofertados pelo grupo.

O GAP está sediado atualmente no Centro de Treinamentos de Instruções Especializadas (CIESP), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, que deve passar por readequação em 2023. Conta ainda com 43 policiais penais, dois agentes prisionais no administrativo, três viaturas e armamentos necessários para as missões, com equipamentos e materiais avançados utilizados por tropas avançadas por todo o país.

Em sua estrutura organizacional, possui o Núcleo de Operações com Cães (NOC), que conta com três cães da raça pastor Belga, habilitados para ações de patrulha, faro e intervenção, sendo uma ferramenta importante nas patrulhas, rondas e revistas realizadas pelo grupamento.

No ano de 2022, o GAP participou ativamente das ações desenvolvidas pela SEAP. Além disso, várias atividades de reciclagem pós-curso, como o curso de Segurança e Escolta de Internos, ministrado na Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP-CE), foram oferecidos aos seus integrantes. O GAP também esteve presente na Operação Verão, que garantiu apoio operacional às unidades do interior do Estado, dentre outras ações de alta complexidade.

Presente na solenidade, o secretário Marco Antônio Sirotheau, titular da SEAP, saudou os presentes, em especial ao comandante do GAP, Júlio Cesar Nerys, e demais diretores da secretaria, pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2022. Em seu discurso, Sirotheau destacou os investimentos, as mudanças desenvolvidas nos últimos anos e o apoio fundamental do Governador Helder Barbalho ao sistema penitenciário estadual.

“Muitos que passaram pelo governo pensaram em fazer as mudanças que tanto queríamos no sistema, mas foi este governo que realmente fez e investiu para que elas acontecessem. Hoje, retomamos o controle das unidades, o que para muitos parecia impossível, mas temos de manter a atenção e seguir com investimentos e o controle de nossas unidades”, afirmou o secretário.

Antes de encerrar, o coronel Marco Antônio destacou que várias obras e reformas estão previstas para o ano de 2023, e já com o aval do governador. “A construção de uma nova unidade de semiaberto em Marituba e a reforma do Ciesp, mantendo parte da estrutura para lembrar tudo que já se passou por aqui.  Vamos construir também uma nova casa penal  em Santarém”, informou o secretário.

Emblemático - O secretário adjunto de Gestão Operacional, Ringo Alex, vê o GAP como um sonho realizado. Ele afirma que a criação do GAP foi um divisor de águas dentro da SEAP. Para ele, o GAP é hoje uma das melhores ferramentas criadas pela gestão para manutenção da ordem e disciplina em todas as unidades penais.

“Esses homens e mulheres foram forjados sobre um alto nível de treinamento. Além de tudo, foram classificados através de uma de uma doutrina prisional, contudo, não sendo só a visão da intervenção, mas sim também conhecendo parte da gestão do Sistema Penitenciário, da parte administrativa. Hoje, esses operadores estão prontos para atuar em todos os ambientes carcerários do nosso Estado”, ressaltou Ringo Alex.

Júlio César Nérys, comandante do GAP, destacou que o primeiro ano do grupamento foi de grandes desafios, como todo início de um projeto, mas ao final desse período, se diz muito feliz com o resultado alcançado. Em seu discurso, ressaltou o apoio incansável da secretaria, até mesmo no apoio emocional necessário em determinados momentos.

Nérys observou que a SEAP também promoveu o treinamento continuado do grupamento, que, segundo ele, se não for colocado em prática, acaba adormecendo. Para o início do ano, o comandante do GAP, revela que já está previsto o segundo curso para novos operadores do GAP. Esse crescimento do efetivo deve permitir a ampliação das equipes do grupamento para outras unidades prisionais do Estado.

“Já estamos presentes em Abaetetuba, e a nossa ideia, conforme o nosso objetivo de crescimento, possamos corresponder e ajudar as unidades espalhadas pelo interior. Há muito ainda a ser feito, mas a gente percebe que muito já foi alcançado. Ficamos felizes por isso e esperamos apresentar um resultado ainda melhor no próximo ano”, projeta o comandante.

Orgulho – Integrar o GAP não é fácil, mas se torna satisfação e orgulho para cada “Gapeano” que passa a integrar o grupamento. Para o Policial Penal A.Lopes, amar o que se faz é a chave e uma dupla vitória alcançar um posto no grupo de elite da SEAP.

“Nós já éramos policiais penais e sofremos passando por esse curso de aperfeiçoamento de ações penitenciárias, mas valeu a pena porque, graças a Deus, hoje nós somos a força de elite da SEAP. Estamos atuando nas unidades penais e o nosso trabalho é bem feito, tudo no procedimento e a gente batalha para continuar esse procedimento. Exercer essa profissão tem que ter muito amor é muito amor é muito amor”, garante o policial.

Uma das seis mulheres que hoje integram o GAP, a policial penal Modesto, lembrou que o curso de formação para adentrar no grupamento foi bem difícil, mas ao final garantiu uma grande satisfação pessoal e profissional. Para a “gapeana” Modesto, o GAP é hoje a tropa especializada diferenciada dentro da instituição SEAP, composta apenas por policiais penais.

“É uma grande insatisfação para a gente participar dessa tropa. Eu, como a policial penal Modesto, feminino, nós somos seis dos 45, passamos por muitas dificuldades por conta de ser um curso bem difícil, que a gente tem que passar para estar aqui. Isso não é fácil, mas com fé e determinação a gente consegue e que muitas outras venham para o GAP”, finalizou a integrante do GAP.

Texto: Márcio Sousa/Ascom SEAP