Perícia confirma falsificação de produtos esportivos comercializados em Belém
Núcleo de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Científica do Pará, segue periciando peças para emitir laudo definitivo que subsidiará inquérito policial
Peritos criminais recolhem camisas da seleção brasileira apreendidas pela Polícia Civil por suspeita de falsificação de marcasO Núcleo de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Científica do Pará (PCEPA), em Belém, finalizou a primeira fase da perícia de constatação em artigos esportivos apreendidos pela Delegacia do Consumidor, da Divisão de Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil (PC), referentes à "Operação Camisa 10" deflagrada em novembro passado. A ação envolveu a fiscalização de produtos esportivos relacionados à Copa do Mundo do Qatar, vendidos na área comercial da cidade.
A equipe pericial constatou que, ao todo, foram apreendidas 4.982 peças, entre modelos de peças de vestuário, como shorts, casacos e camisas, em sua maioria da seleção brasileira, supostamente da marca Nike, que exibiam indícios de falsificação. O 'Núcleo' foi acionado pela PC, após um representante da marca manifestar-se acerca de intenso comércio de produtos falsificados no centro comercial de Belém, sobretudo por condizer com o período da Copa do Mundo.
As camisas foram lacradas, para preservar a cadeia de custódia, e levadas para o Núcleo de Grafodocumentoscopia da Polícia Científica para acondicionamento adequado. Foram 21 lotes de vestuário periciados, e, devido ao montante, uma equipe de 10 peritos criminais e auxiliares técnicos de perícia foi escalada para o trabalho.
Segundo o chefe da equipe, o perito criminal Mauro Márcio de Oliveira, os produtos têm grandes indícios de falsificação, como QR Codes e códigos de barra que não levam a nenhum site digital oficial da marca.
Polícia científica em ação no local de apreensão do material pela PC que flagrou camisas, casacos e shorts"A perícia foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu em contar as peças para estabelecer um número exato e identificar a variedade do produto em relação a coloração, tamanho e patrocinadores. Na segunda etapa, será realizado exames de contrafação, onde observaremos todas as informações dos 21 lotes transportados, quais os elementos que constituem maior ocorrência de fraude e anotar as estatísticas", explicou o perito.
O laudo definitivo tem previsão de conclusão para o início do próximo ano. Confirmando a fraude na marca, o laudo será entregue à Polícia Civil que subsidiará a conclusão do inquérito, que envolve a incineração de todo material apreendido, assim como a autuação dos suspeitos responsáveis pela comercialização.
Texto de Amanda Monteiro