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POLÍCIA CIENTÍFICA

Perícia confirma falsificação de produtos esportivos comercializados em Belém

Núcleo de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Científica do Pará, segue periciando peças para emitir laudo definitivo que subsidiará inquérito policial

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
27/12/2022 14h55

Peritos criminais recolhem camisas da seleção brasileira apreendidas pela Polícia Civil por suspeita de falsificação de marcasO Núcleo de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Científica do Pará (PCEPA), em Belém, finalizou a primeira fase da perícia de constatação em artigos esportivos apreendidos pela Delegacia do Consumidor, da Divisão de Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil (PC), referentes à "Operação Camisa 10" deflagrada em novembro passado. A ação envolveu a fiscalização de produtos esportivos relacionados à Copa do Mundo do Qatar, vendidos na área comercial da cidade.

A equipe pericial constatou que, ao todo, foram apreendidas 4.982 peças, entre modelos de peças de vestuário, como shorts, casacos e camisas, em sua maioria da seleção brasileira, supostamente da marca Nike, que exibiam indícios de falsificação. O 'Núcleo' foi acionado pela PC, após um representante da marca manifestar-se acerca de intenso comércio de produtos falsificados no centro comercial de Belém, sobretudo por condizer com o período da Copa do Mundo.

As camisas foram lacradas, para preservar a cadeia de custódia, e levadas para o Núcleo de Grafodocumentoscopia da Polícia Científica para acondicionamento adequado. Foram 21 lotes de vestuário periciados, e, devido ao montante, uma equipe de 10 peritos criminais e auxiliares técnicos de perícia foi escalada para o trabalho.

Segundo o chefe da equipe, o perito criminal Mauro Márcio de Oliveira, os produtos têm grandes indícios de falsificação, como QR Codes e códigos de barra que não levam a nenhum site digital oficial da marca.

Polícia científica em ação no local de apreensão do material pela PC que flagrou camisas, casacos e shorts"A perícia foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu em contar as peças para estabelecer um número exato e identificar a variedade do produto em relação a coloração, tamanho e patrocinadores. Na segunda etapa, será realizado exames de contrafação, onde observaremos todas as informações dos 21 lotes transportados, quais os elementos que constituem maior ocorrência de fraude e anotar as estatísticas", explicou o perito.

O laudo definitivo tem previsão de conclusão para o início do próximo ano. Confirmando a fraude na marca, o laudo será entregue à Polícia Civil que subsidiará a conclusão do inquérito, que envolve a incineração de todo material apreendido, assim como a autuação dos suspeitos responsáveis pela comercialização.

Texto de Amanda Monteiro