Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE E INCLUSÃO

Pioneiro como Centro de Reabilitação, CIIR desenvolve a Terapia de Integração Sensorial

Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), do CIIR, oferta atendimento neurológico, um marco no serviço do SUS

Por Governo do Pará (SECOM)
27/12/2022 14h42

Terapia neurológica tem ambiente apropriado no CIIRReferência no atendimento às pessoas com autismo e proporcionando uma gama de terapias para potencializar a reabilitação do usuário, o Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), pertencente ao Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, oferece a terapia de “Integração Sensorial (IS)”, um processo neurológico que organiza as sensações do corpo e do ambiente, para que ambos, fiquem harmonizados ao reabilitando tornar possível a sua ambientação, tudo centrado na pessoa. Um marco no serviço oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) através do Centro.  

“Quando as informações estão desorganizadas no reabilitando, temos as Disfunções de Integração Sensorial, uma imaturidade na habilidade do processamento e organização das informações que o cérebro recebe do ambiente de forma deficitária”, esclarece Raphaela Torres, terapeuta Ocupacional.  

A profissional ainda salienta que a disfunção pode produzir vários graus de problemas no desenvolvimento que impactam na vida da criança. Uma delas, chama-se Defensividade Tátil (DT), uma disfunção na qual o cérebro interpreta estímulos táteis como nocivos. “Logo, são crianças que têm dificuldade para escovar os dentes, ir à barbearia cortar cabelo, aceitar o uso de meias ou sapatos e até determinados tipos de roupas por conta da textura”.  

Matheus Lima, de 8 anos, tem acompanhamento no Natea para controlar o diagnóstico de Defensividade Tátil (DT)Para ter êxito no quadro clínico do usuário, a IS trabalha no plano terapêutico mais de 10 atividades, com destaque para a rede de elastano e a areia de modelar.   

“Na sala de IS vamos tratar para que a criança apresente respostas adaptativas e consiga desempenhar suas atividades no cotidiano, sem prejuízos cognitivos e de ambientação”, comentou a T.O.  

Há pouco mais de dois anos, Matheus Lima, de 8 anos, vem sendo acompanhado no Natea para controlar o seu diagnóstico de Defensividade Tátil (DT).  

Raphaela Torres explica que a caminhada no processo de acompanhamento do Matheus, iniciou com atividades focadas nos estímulos inibitórios para vencer barreiras e conseguir manipular alguns tipos de texturas. Com a DT, a dificuldade dele impactava no dia a dia como por exemplo, escovar os dentes.  Com a organização adquirida, ao longo da reabilitação, o menino passou para um outro plano terapêutico com a inserção da areia de modelar e a rede de elastano.  

“Os estímulos de inibição fizeram com que o Matheus conseguisse manipular, hoje, a areia. Para chegar a este momento, trabalhamos o puxar e carregar objetos pesados para trabalhar na rede de elastano. É uma forma de preparo do corpo para poder receber esses estímulos que são aversivos. Tudo que chega ao tato, o cérebro interpreta como estímulo aversivo. Antigamente, tocar em areia era algo aversivo. Atualmente, já consegue manipular”, concluiu a terapeuta referendando que a Rede de Eslastano é um dos equipamentos da sala que oferece tato profundo. Ela define a atividade de areia de modelar como um diferencial por ser mais densa, não gruda no corpo, sendo o oposto da tradicional areia da praia, que é mais fina.  

Mãe do reabilitando, Andreza Lima, de 42 anos, comemora a evolução do quadro clínico do filho. “Com as atividades, o Matheus está mais organizado para o seu dia a dia. Por exemplo, consegue sozinho escovar os dentes, o que antes fazia com muita dificuldade. A questão motora também houve uma evolução significativa. Então, o plano terapêutico montado para ele está sensacional com respostas rápidas”, enfatiza a mãe. 

Estrutura - O Centro é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do CIIR por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município que, por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado, conforme perfil do usuário, pelo Sistema de Regulação (Sisreg).  

Serviço

O CIIR é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000. Mais informações podem ser obtidas pelo (91) 4042.2157 / 58 /59. 

Texto de Pallmer Barros / Ascom CIIR