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Hospital Oncológico infantil lança projeto voltado à saúde mental dos profissionais

O “Portas Abertas” oferece escuta e apoio emocional, estimulando os profissionais a encontrar soluções lógicas para os dilemas do cotidiano

Por Governo do Pará (SECOM)
22/12/2022 19h00

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), por meio do Núcleo de Gestão de Pessoas (NGP), criou o Projeto “Portas Abertas” para oferecer suporte e acolhimento à saúde mental dos funcionários da unidade de saúde. Esse canal de atendimento especializado oferece escuta e apoio emocional, a fim de estimular os profissionais a encontrar soluções lógicas para os dilemas do cotidiano, melhorando a qualidade de vida.

“Neste segundo semestre ocorreu o aumento da procura por atendimento psicológico devido a questões pessoais e ao nosso perfil assistencial: crianças e adolescentes em enfrentamento do câncer. Isso acaba sensibilizando os nossos colaboradores, principalmente aqueles da atenção direta, os quais lidam todos os dias com intercorrências complexas próprias da oncologia. A partir de então, percebemos a necessidade de acolhê-los, cuidar de quem se dedica ao cuidado dos nossos pacientes”, informou Tânia Silva, supervisora do NGP.

Hospital investe na saúde mental dos profissionais que cuidam de pacientes oncológicosUma pesquisa realizada pela B2P, consultoria especializada no acompanhamento e gestão de funcionários de licença por razões médicas, da companhia de seguros It’sSeg Company, apontou que os transtornos mentais e comportamentais estão entre as maiores causas de afastamento do trabalho no Brasil. O levantamento analisou 364 mil funcionários em 15 empresas, considerando as licenças em 2020 e 2021.

A psicóloga do NGP, Adriana Beltrão, explicou que as doenças psíquicas mais comuns são ansiedade, depressão e distúrbios de comportamento, contudo nem sempre são percebidas ou tratadas de forma adequada. Segunda ela, ainda há estigmas e opiniões equivocadas sobre esse tipo de tratamento terapêutico, por isso alguns não se sentem à vontade para abordar o assunto. Segundo ela, todos deveriam receber esse suporte, mesmo na ausência de transtornos mentais.

Ser social - “Quando o colaborador nos procura, ele vem com uma carga emocional muito grande proveniente dos setores interpessoais laborais e familiares, e com o receio de que alguém descubra que necessita de terapia. Ele é um ser social, portanto está inserido em vários ambientes que podem gerar esse comprometimento da saúde mental. Às vezes, as pessoas falam que psicoterapia é bobagem ou coisa de gente ‘perturbada’, mas a terapia ajuda o indivíduo a se autoconhecer ou a superar problemas que parecem insolúveis à primeira vista”, esclareceu.

Os profissionais são acolhidos, e após a triagem e identificação da causa do mal-estar emocional são orientados e encaminhados aos serviços disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde) ou rede privada, caso haja necessidade. O atendimento é agendado no local ou por e-mail.

“Existem inúmeras questões que levam as pessoas a procurarem um olhar profissional. Muitas delas precisam de ajuda para algo pontual que aconteceu ou não sabem descrever o que estão sentindo, por isso a necessidade de ajuda especializada”, reiterou a psicóloga.

Texto: Leila Cruz – Ascom/Hoiol