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Inclusão e geração de renda marcam a Feira do Empreendedorismo para pessoas com autismo

O evento realizado pela Sespa e Secult no Porto Futuro reuniu pessoas com TEA, familiares e membros de associações

Por Melina Marcelino (SESPA)
17/12/2022 19h19

A Feira é um espaço que dá visibilidade às ações destinadas a pessoas com autismo Onze expositores, entre pessoas com autismo, familiares e associações de pais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) participaram na sexta-feira (16) e no sábado (17) da 4ª edição da Feira do Empreendedorismo Inclusivo, realizada no Parque Urbano Belém Porto Futuro. A programação incluiu vendas de produtos artesanais, como bolos, biscoitos, geleias, adesivos, camisas, brinquedos, copos, adesivos e materiais pedagógicos.

A Feira do Empreendedorismo Inclusivo é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O objetivo é gerar renda, fomentar a economia criativa e divulgar o trabalho desenvolvido pelas pessoas com TEA, por familiares e associações.

Suellem Fagundes: oportunidadesSuellem Fagundes, mãe de Miguel Fagundes, 7 anos, pela primeira vez participou da ação vendendo roupas infantis. “A partir do atendimento ao meu filho, estou tendo diversas oportunidades. Eu já trabalho vendendo meus produtos on-line, e essa é a primeira vez que participo da Feira. É um ganho a mais para o sustento da minha família”, disse Suellem, que não pode trabalhar fora porque cuida do filho autista.

Crescimento - A cada edição, a Feira do Empreendedorismo Inclusivo é mais procurada e gera maiores expectativas, informou Nayara Barbalho, coordenadora da Cepa. “Nesta edição, principalmente porque estamos às vésperas do Natal, as pessoas querem vender e aumentar a renda, e outras também querem comprar. Nada melhor do que comprar um presente feito por uma pessoa com autismo ou um familiar”, ressaltou.

Segundo a coordenadora, a Feira também é uma ação de saúde, pois “quando você gera essa inclusão no mercado de trabalho, essas pessoas se sentem valorizadas. Quando elas têm um espaço para vender sua arte, nós também estamos promovendo saúde mental, saúde ocupacional. Esse é o maior foco, não apenas gerar renda, mas valorizar as habilidades dessas pessoas”.

Nesta edição, a Feira também contou com famílias de outros municípios expondo seus produtos. Maria Raimunda Cardoso, mãe de Marcos, veio de Igarapé-Miri (município do Baixo Tocantins) em busca de visibilidade para a causa autista. “O que a gente arrecada aqui é um complemento para ajudar a pagar as terapias, e a Feira dá mais visibilidade a nossa causa. As pessoas são bastante receptivas e estão comprando bastante. Eu vendo camisas e copos personalizados, e já estou pensando em trazer outros produtos para vender na próxima edição”, informou.

Nayara Barbalho: projeto itineranteExpansão - Nayara Barbalho adiantou que já tem planos para expandir a Feira. “A equipe da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo tem um banco de dados de expositores, e a cada edição é feito um revezamento para que todos possam participar. E já estamos programando para que esse evento se torne itinerante, para que possa acontecer em outros municípios”, disse a coordenadora.

Durante a ação, uma equipe da Cepa realizou o trabalho de orientação sobre a emissão da carteira para pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Dentre as associações presentes no evento estão: Associação de Pais e Amigos de Ananindeua (Apan), Associação Mundo Azul, Grupo de Pais e Mães de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista de Igarapé-Miri (Gpantea), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Instituto de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Proatea) e Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE). (Colaboração de Tatiane Freitas).