Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MEIO AMBIENTE

Ideflor-Bio fortalece parcerias, projetos de conservação florestal e preservação de espécies ameaçadas

O Instituto também contribuiu com a agenda mundial de redução de gases de efeito estufa ao promover o primeiro evento Carbono Neutro

Por Aldirene Gama (SEDEME)
01/12/2022 08h00

Responsável pelo gerenciamento das florestas públicas estaduais, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) avança na gestão pública ambiental com ações de ordenamento territorial, governança, manejo florestal sustentável, concessão florestal, recuperação de áreas alteradas por meio da implantação de sistemas agroflorestais, preservação e proteção da biodiversidade e apoio ao manejo florestal comunitário e familiar. Essas conquistas são resultantes de projetos realizados em parceria pelo Governo do Estado, Universidade Federal do Pará (UFPA) e Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX).

Entre as principais ações realizadas em 2022 destacam-se a entrega do novo Centro de Biotecnologia: Casa de Vegetação, no município de Altamira, no oeste paraense. O espaço foi equipado com estufa e antecâmara, com capacidade para produzir por ano até 500 mil mudas agroflorestais, dependendo das espécies. Só o investimento em infraestrutura e aquisição de equipamentos chegou a R$ 1.398.254,71.

Floresta Pará - Integrando o compromisso do governo do Estado com a agenda mundial de redução de gases de efeito estufa, o Ideflor-Bio promoveu o I Floresta Pará 2022, evento Carbono Neutro, com o tema “Caminho para a sustentabilidade”. A primeira edição objetivou integrar os diversos segmentos que promovem o uso sustentável dos recursos florestais e a socialização do conhecimento técnico, científico, cultural e de saberes tradicionais, com vistas à expansão do desenvolvimento sustentável de base florestal no Estado.

Outro importante investimento foi em recomposição florestal, na esfera da recuperação de áreas alteradas, com ênfase na assinatura de “Termos de Adesão ao Projeto de Restauração Florestal”, por meio da implantação do Prosaf (Programa de Sanidade em Agricultura Familiar), cujo resultado alcançado no atual exercício é de 2.081 hectares de áreas preservadas.

A meta estipulada em 2022, de 955 há, chegou a 2.081 ha de áreas recompostas, com destaque para as regiões de Integração Carajás e Xingu, especialmente nos municípios de Medicilândia, com 747 ha de SAFs de cacau; Altamira, com 292 ha; Brasil Novo, com 207 ha, e Vitória do Xingu, com 159 ha. Na RI Carajás totalizou 133 ha.

Até o momento, o Instituto já dispõe de um ou mais viveiros de mudas em 61 municípios, e mais unidades planejadas para 40 municípios.

Educação ambiental - No âmbito da educação ambiental, inclusa na Política Estadual de Meio Ambiente, o Ideflor-Bio criou o Programa de Educação Ambiental para Unidades de Conservação Estaduais do Pará (PEAUC). A iniciativa estabelece diretrizes e estratégias para o cumprimento de ações de proteção nas Unidades de Conservação, garantindo a sustentabilidade do patrimônio natural, cultural e histórico dessas áreas protegidas do Estado.

No âmbito da preservação e conservação das UCs, o Ideflor-Bio entregou o primeiro Plano de Manejo do Mosaico Lago de Tucuruí, na região Sudeste. O documento técnico prevê o zoneamento e as normas que conduzirão o uso do território, manejo dos recursos naturais e programas de gestão que asseguram a preservação dos recursos naturais. O Plano segue as diretrizes estabelecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído pela Lei Federal nº 9.885/2000. 

O governador Helder Barbalho assinou a Ordem de Serviço para a construção da Base de Monitoramento de Desembarque Pesqueiro do Mosaico Lago de Tucuruí, envolvendo sete municípios da região: Tucuruí, Goianésia do Pará, Jacundá, Itupiranga, Novo Repartimento, Breu Branco e Nova Ipixuna.

Meio Norte - Também foi lançado o Plano de Ação Territorial para proteger espécies ameaçadas de Extinção do Território Meio Norte (PAT Meio Norte). O Plano de Ação Territorial foi iniciado em 2020, com a escolha do território contínuo entre os estados do Maranhão, Pará e Tocantins, e das espécies-alvo. O PAT é coordenado pelo Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema); do Pará, via Ideflor-Bio, e do Tocantins, via Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

O Plano de Ação para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Meio Norte estabelece ações prioritárias de conservação para 12 espécies consideradas ameaçadas de extinção, classificadas na categoria Criticamente Ameaçada.

Ainda como política de preservação e conservação das riquezas naturais, o Instituto realiza o Projeto de Apoio à Criação de Unidades de Conservação da Natureza Municipais, por meio da diretoria de Gestão e da Biodiversidade (DGBio).

A equipe técnica do Instituto concluiu os estudos técnicos-científicos dos meios biológicos, físicos, socioeconômico e fundiário, para subsidiar a Criação da Unidade de Conservação (UC) da Natureza na Ilha Chaú e a recategorização da Ilha do Canela, ambas no município de Bragança, na Região de Integração Rio Caeté, no nordeste paraense.

Tartarugas e ararajubas - O Instituto também apoia o Projeto de Proteção das Tartarugas Marinhas na Unidade de Conservação Monumento Natural do Atalaia (MoNa Atalaia), no município de Salinópolis, na região Nordeste. Os filhotes são da espécie Eretmochelys imbricata, conhecida como tartaruga-de-pente, considerada em perigo de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) das espécies ameaçadas de extinção.

Outra ação implantada com êxito foi o Projeto “Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas em Unidades de Conservação (UCs) da Região Metropolitana de Belém (RMB)”, realizado em parceria com a Fundação Lymington, sediada em Juquitiba, interior de São Paulo. Neste ano, 18 ararajubas foram soltas em área aberta do Parque Estadual do Utinga.

As primeiras aves do projeto chegaram ao viveiro do Parque em agosto de 2017, e foram soltas após o período de aclimatação. Já foram reintroduzidas no habitat natural 46 aves. A espécie é considerada em extinção há mais de 60 anos na RMB. 

Manejo - Outro importante instrumento implementado pelo Instituto foi a Política do Manejo Florestal Comunitário e Familiar, encaminhado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em abril de 2022. O documento foi elaborado após a realização de oficinas para elaboração de uma minuta de projeto de lei com a participação ativa de diversos segmentos, incluindo organizações não governamentais, associações e representantes das comunidades envolvidas, e órgãos públicos estaduais e federais ligados ao tema.

Flora do Utinga - Na área da pesquisa, o Ideflor-Bio destaca o Projeto “Flora do Utinga”, desenvolvido em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), desde 2018. Já foram catalogadas 826 espécies de plantas e fungos, reforçando a riqueza da biodiversidade das Unidades de Conservação, onde ocorre a pesquisa na Região Metropolitana de Belém: Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”; Área de Proteção Ambiental (APA) de Belém e Refúgio da Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (Revis). Este abrange os municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Izabel do Pará.

No cenário internacional, o Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, conquistou o reconhecimento do Parque Estadual Monte Alegre (Pema), único Patrimônio Cultural Material brasileiro selecionado pelo Programa Internacional "World Monuments Watch", como um dos 25 monumentos mundiais de valor cultural inestimável.