SEAP promove mutirão de atendimento psiquiátrico nos PEM 1 e 2, em Marituba
Fechando os dois dias do mutirão de atendimento psiquiátrico, iniciado ontem (16) no Presídio Estadual Metropolitano 1 (PEM 1), os internos dos PEM 2 e PEM 3, de Marituba receberam hoje o acolhimento das equipes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciárias (SEAP) e da Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará (SESPA). No PEM 1 foi promovido o atendimento de 10 internos, e no PEM 2, 40 custodiados receberam a atenção das equipes médicas.
A diretora do PEM 3, Inez Zolima, considera fundamental os mutirões promovidos pelo Estado através da SEAP e SESPA. Ela explica que o PEM 3 é uma unidade que recebe presos provisórios e que, muitas vezes, chegam com vários sintomas ou doenças pré-existentes, além de casos de dependência química. “Já que somos garantidores dos direitos deles, eles precisam de uma assistência aqui dentro, e para isso precisamos de ações como essa, pelo menos anualmente, como está sendo hoje”, diz a diretora.
Clarina Cavalcante, enfermeira ligada à Diretoria de Assistência Biopsicossocial (DAB) da SEAP, também defende a importância dos atendimentos às Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs). Ela ressalta que devido aos longos períodos de reclusão, muitos PPLs acabam desenvolvendo algum tipo de alteração na sua saúde mental. E muitos já vêm de fora com algum problema ou já fazem acompanhamento.
“Torna-se necessário seguir com esse acompanhamento para garantir que eles possam passar pelo período de encarceramento de uma maneira mais tranquila na questão de saúde mental. Esse mutirão é importante porque temos uma grande rotatividade de internos por isso gera uma demanda alta de atendimentos que são necessários”, afirma a enfermeira.
O médico Paulo Pureza, do quadro médico da SEAP e lotado no PEM 2, também considera de suma importância os atendimentos e mutirões de saúde promovidos pela secretaria e a SESPA, em especial para os PPLs. Ele lembra que o atendimento específico na área de psiquiatria atende alguns internos que fazem uso de medicação controlada, e que esse atendimento precisa ser feito com profissional especializado.
“Com a vinda desses profissionais, isso facilita muito o bom andamento do serviço. De um modo geral, esses atendimentos em parceria com a SESPA são importantes porque existe um número considerável de PPLs e todos requerem atendimento nas mais diferentes áreas, em especial na área médica”, destaca o médico.
D. C. C., de 27 anos, foi um dos 40 custodiados assistidos pelas equipes médicas no PEM 2. Ele conta que retornou há dois meses para a unidade e considerou excelente o atendimento de hoje. “É muito importante ter esse atendimento porque tem muita gente aqui com problemas psíquicos, em tratamento, que precisa ser atendido aqui na unidade”, diz o interno.
No PEM 2 as equipes somaram 19 profissionais, entre médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem atuando na ação. Já no PEM 3 o quantitativo foi maior, com quase 25 profissionais da equipe fixa da unidade e os outros 12 da SESPA. Nos três dias de trabalho, 90 custodiados foram atendidos na ação.
Texto: Márcio Sousa/SEAP