Práticas humanizadas e avanços tecnológicos evidenciam atuação do Hospital Galileu em 2022

Humanização norteia todos os processos no Hospital Galileu e prioriza o acolhimento do paciente desde a sua entrada na unidade até a alta médicaDentro do ambiente hospitalar, oferecer um atendimento humanizado é tão essencial quanto investir em tecnologias, capacitação profissional e em sistemas de gestão. Na Grande Belém, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) tem a humanização como diretriz em todos os seus processos e prioriza o acolhimento do paciente desde a sua entrada na unidade até a alta médica.

Em 2022, não foi diferente. A unidade especialista em traumato-ortopedia, e que atua como retaguarda de outros hospitais da Rede Pública Estadual do Pará, desenvolveu ações que a tornaram referência nas boas práticas de assistência. “A humanização no atendimento ao usuário nos permite cuidar de uma forma melhor e, consequentemente, alcançar mais resultados positivos no tratamento. Consideramos a integralidade do cuidado, ou seja, a união entre qualidade técnica do tratamento e do relacionamento entre paciente, família e equipe, sempre prezando pelo respeito, atenção e ética”, observou Liliam Gomes, diretora executiva do HPEG.

Ações – Mensalmente, a instituição, por meio do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), desenvolve projetos e ações que permitem tal acolhimento, envolvendo atividades lúdicas e que proporcionam uma distração positiva. O Projeto de Artesanato Criativo é um deles, e tem como finalidade oferecer aos usuários o incentivo às técnicas manuais como um incremento de renda, além de ser uma terapia duradoura no processo de hospitalização.

As aulas são ministradas por voluntários e podem ser assistidas por pacientes e seus acompanhantes. “Os recursos manuais e de economia criativa proporcionam uma melhora na evolução do quadro do paciente. Por isso, apostamos no artesanato, e agora, especificamente, nas técnicas do crochê”, é o que explica Anny Segóvia, coordenadora do Setor de Humanização do Hospital Galileu.

Além de conhecimento, os projetos também trazem momentos leves, descontraídos e de conversa. Como é o caso do Cine Galileu. A iniciativa leva sessões de filmes com direito a pipoca às enfermarias da instituição e tem como objetivo principal proporcionar às pessoas que não podem sair do ambiente hospitalar, um momento de socialização e descontração.

Durante a Copa do Mundo de 2022, a unidade reformulou o projeto para "Cine Galileu – Hexa Brasil", no qual, em um espaço temático com decoração verde e amarela, pacientes e acompanhantes puderam acompanhar aos jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

"Carta para o desconhecido"– O projeto também contempla o quadro de iniciativas humanizadas do HPEG. A dinâmica incentiva o hábito da leitura e da escrita, em que cada paciente poderá escrever uma carta com mensagens de otimismo e palavras positivas. “Enfermeiros, técnicos e psicólogos percorrem as enfermarias da unidade colhendo as cartas. Após, a equipe faz a entrega das correspondências, aleatoriamente, a outros pacientes hospitalizados”, ressalta Anny.

Reabilitação – Com o objetivo de aliar a reabilitação com práticas humanizadas, a equipe de fisioterapia do Hospital Galileu tomou iniciativas com tal propósito. Por ser referência em casos de traumas ortopédicos, a intervenção é fundamental. E, a partir disso, o projeto Verão Galileu foi desenvolvido.

“O projeto Verão Galileu aposta na brincadeira de empinar pipas como uma nova terapia para os pacientes. O recurso ajuda na mobilidade, concentração, saúde mental, e interação entre eles”, ressaltou Dimitri Anete, coordenador de fisioterapia do Hospital Galileu.

Investimento – Além de projetos e ações, o ano de 2022 foi marcado pelo investimento do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em um novo arco-cirúrgico para a unidade, avaliado em R$ 297 mil, e um aparelho de ultrassonografia de última geração, no valor de R$ 155 mil. Os equipamentos garantem mais segurança e precisão nos atendimentos cirúrgicos e de diagnósticos dos pacientes.

Neste ano, também, a unidade passou a contar com uma Agência Transfusional (AT), com capacidade inicial de 50 atendimentos, entre transfusões, tipagem sanguínea, pesquisa de anticorpos irregulares e reserva cirúrgica. A AT é abastecida pela sede da Fundação Hemopa e conta com equipamentos de ponta, como câmara de conservação de concentrado de hemácias, freezer - 30°, centrífuga de bancadas, selador de bolsas de sangue e banho-maria.

Para Liliam Gomes, os investimentos foram essenciais para a continuidade no serviço de excelência prestado aos usuários do Galileu. “São conquistas importantes na saúde pública do Estado e os usuários terão acesso a um serviço de excelência e com alta resolutividade”, frisou a gestora.

Devido às práticas aplicadas, unidade alcançou a acreditação ONA nível 3 - Acreditado com ExcelênciaRecertificação ONA 3 – Tais avanços e conquistas possibilitaram ao Hospital Galileu outro grande feito neste ano: a recertificação com excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A unidade alcançou a acreditação ONA nível 3 - Acreditado com Excelência, que avalia os critérios de segurança, de gestão integrada dos processos e excelência em administração, além de profissionais altamente qualificados na assistência aos usuários e pacientes.

Perfil – A unidade, localizada na avenida Mário Covas, é operacionalizada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa. O Galileu realiza na especialidade de ortopedia, cirurgias de fraturas de baixa e média complexidade, exceto fraturas de fêmur, quadril, coluna e próteses. São realizados no HPGE ainda procedimentos de fratura diafisária da tíbia, fratura distal do antebraço e mão, osteomielite crônica e aguda.

O Hospital possui 104 leitos de internação, mantém o serviço de reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.

Texto: Ascom HPEG