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Hospital Oncológico Infantil promove campanha de doação de sangue

Em parceria com a Fundação Hemopa, a campanha teve gincana e atrações culturais, enfatizando a importância da doação para o tratamento de milhares de pessoas

Por Leila Cruz (HOL)
15/12/2022 19h15

“Quando você doa, a brincadeira continua” foi o tema da campanha de captação de doadores de sangue e medula óssea realizada nesta quinta-feira (15) pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em parceria com a Fundação Hemopa, em Belém. A programação contou com uma unidade móvel de coleta do hemocentro em frente ao Hospital, um posto na recepção principal e atrações artísticas e musicais. Referência no tratamento do câncer infantojuvenil, o “Oncológico Infantil” realiza entre 300 a 400 transfusões por mês. Na entrada do Hospital Oncológico, pacientes, funcionários e doadores em mais uma campanha pela saúde de muitas pessoas

“As campanhas em parceria com hospitais são fundamentais, principalmente com os hospitais oncológicos, que possuem uma alta necessidade por transfusão de sangue e hemocomponentes (hemácias, plaquetas ou plasma). Durante as ações externas obtemos um retorno positivo dos colaboradores e dos familiares dos pacientes, mas precisamos conscientizar cada vez mais a sociedade sobre a importância de ser um doador”, afirmou a assistente social Camila Medina, da Gerência de Captação de Doadores da Fundação Hemopa.

Uma gincana motivou a participação dos funcionários, grupo que mais levou doadores e foi premiado pela instituição de saúde. A meta foi alcançada, com a captação de 118 bolsas de sangue. Entre os que compareceram à campanha, 45 estavam inaptos à doação. Todos se empenharam em chamar atenção para a importância da hemoterapia, já que muitas pessoas ainda desconhecem o papel da doação de sangue na saúde de milhares de pessoas. Muitos só doam para conhecidos ou familiares, mas a oferta de sangue na rede de saúde é uma questão social e de cidadania.

Márcio Pires, coordenador da Agência TransfusionalO coordenador da Agência Transfusional do “Oncológico Infantil”, Márcio Pires, explicou que todo hospital tem a responsabilidade de fazer a reposição de 50% das bolsas enviadas pela Fundação Hemopa. Ele disse que “o sangue não pode ser comprado, portanto o sucesso do tratamento dos pacientes depende, exclusivamente, de um gesto solidário”, e acrescentou que “quando alguém passa por transfusão, o sangue utilizado tem que ser reposto. Temos muitos pacientes com leucemia, doença que atinge as células sanguíneas chamadas leucócitos, que impede o funcionamento normal do organismo, ou que precisam de atendimento de urgência ou de transfusão pós-quimioterapia. Para serem realizadas, cirurgias precisam de reserva de sangue”.Grupo de funcionários vencedor da gincana da doação

Transfusão - Janete Santos, 38 anos, moradora do município de Garrafão do Norte, no nordeste paraense, vivencia a necessidade de transfusão para estabilizar o quadro de saúde do filho, Allison Matheus. Em tratamento contra leucemia, o menino passou por transplante de medula óssea há cinco meses. “No ano de 2021, meu filho ficou muito fraco e precisou ser internado na UTI. Ele passou a semana inteira recebendo transfusão, e tenho certeza que isso ajudou a mantê-lo vivo. A doação de sangue é muito importante para as crianças que estão aqui”, contou.

Roberto Carlos França: doador há 25 anosO encanador Roberto Carlos França, 54 anos, fez questão de comparecer à campanha. “Eu vim dar minha singela colaboração e ajudar a salvar vidas que tanto precisam. Sou doador de sangue há 25 anos, e sempre fico muito feliz em poder fazer parte dessa corrente do bem”, afirmou.

Doadores que não puderem comparecer à instituição têm à disposição qualquer posto de coleta da Fundação Hemopa e informar o código do Hospital Oncológico Infantil - 1766.

Para doar é preciso:

- Apresentar documento de identidade com foto e assinatura (RG, CNH, CTPS, passaporte ou cédula profissional de classe);
- Ter entre 16 e 69 anos (adolescentes, de 16 e 17 anos, devem estar acompanhados de um responsável legal);
- Estar bem de saúde, alimentado,
- Pesar mais de 50 kg.

Quem teve Covid-19 pode doar 10 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas diagnosticadas com a Covid-19 poderá doar após sete dias do último contato. Quem tomou a vacina Coronavac deve aguardar dois dias para doar, e para quem tomou outras vacinas o tempo de espera é de sete dias. A vacina contra gripe exige uma espera de 48 horas para doar sangue.