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Adepará dá prosseguimento a plano de vigilância para prevenção da influenza aviária no Pará

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
13/12/2022 18h06

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) prossegue com a realização das ações do Plano de Vigilância Epidemiológica de Influenza Aviária e Doença de NewCastle no Pará.  Desde o início do mês, uma equipe formada por 22 profissionais, entre Fiscais Estaduais Agropecuários (FEAs) e Agentes Fiscais Agropecuários (AFAs), está em campo coletando material biológico das aves para estudo. 

O plano pretende demonstrar a ausência das doenças na avicultura industrial, em virtude do aumento dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – vírus H5N1) na América do Sul. Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. Em alguns limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves de subsistência ou de produção. 

De acordo com o MAPA, essa é a maior epidemia de IAAP ocorrida no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais. O reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores tem o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da IAAP no país. 

A intensificação das ações de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral, permitir a demonstração de ausência de infecção e apoiar a certificação do Brasil como país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. 

No Pará, a investigação epidemiológica ocorre no plantel avícola industrial em 98 Granjas de 21 municípios paraenses. São 59 granjas de corte (risco muito baixo), 1 matrizeiro (risco baixo), 35 estabelecimentos criadores de galinhas de postura (risco moderado), 1 estabelecimento criador de patos (risco alto), 2 estabelecimentos criadores de codornas (risco alto). No total, serão investigadas 1.122 aves e coletadas 16.930 amostras biológicas, que serão enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, de Campinas/SP.

Até a semana passada, os fiscais estaduais da Adepará já haviam percorrido algumas das principais propriedades produtoras de aves do estado. O trabalho leva em conta o cronograma de abate das aves informado pelo setor produtivo.

“Nós formamos uma equipe mais robusta de veterinários para atuar em Santa Izabel, Benevides, Ananindeua e Santa Bárbara porque é na região Metropolitana de Belém  onde nós temos o maior contingente de granjas de corte”, explica Lettiere Lima, gerente do programa de sanidade avícola da Adepará.

Segundo a gestora, a atividade realizada está diferenciada com a implementação de medidas de biossegurança levando em consideração o alerta sanitário do MAPA e que foram acertadas em reunião com o setor produtivo. "Nossa equipe que coleta o material biológico não entra nos galpões das granjas onde as aves ficam alojadas. Depois, todas as aves que passam pela coleta são sacrificadas e incineradas, respeitando os critérios de bem estar animal. A metodologia de sacrifício é o deslocamento cervical de aves escolhidas aleatoriamente. Todos os EPIs utilizados na coleta são incinerados também. E, deve-se obedecer o distanciamento mínimo de 5 metros entre os fiscais da Adepará e os técnicos das granjas para evitar o trânsito e a introdução de doenças no aviário”, frisou.

O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. A vigilância do plantel avícola tem caráter preventivo com a finalidade de manter o território livre das duas doenças, evitando restrições comerciais que impactem negativamente na cadeia produtiva. 

“A avicultura paraense ocupa posição de destaque no cenário produtivo Brasileiro, com a maior produção avícola do Norte do país e é a segunda maior atividade do setor agropecuário do estado. Adicionalmente, apresenta um incremento crescente anual maior que outros estados da federação. Além disso, grande parte da produção de frangos de corte é realizada no sistema de integração, que vem crescendo a cada ano. Por isso, tanto o setor avícola quanto o governo do estado do Pará estão em alerta máximo para Influenza Aviária”, assegura o Diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, médico veterinário Jefferson Pinto de Oliveira.

Influenza Aviária - também conhecida como “gripe aviária”, é uma doença viral altamente contagiosa que acomete aves domésticas e silvestres, que geram graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente. O Brasil nunca apresentou animais contaminados por este vírus, ou seja, a doença é exótica no país. Porém esta enfermidade nunca esteve tão próxima a nossa região.

Plano de Vigilância - Criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é um estudo epidemiológico contínuo realizado através de vigilância ativa e passiva cujos objetivos são a detecção precoce de casos Influenza Aviária (IA) e Doença de NewCastle (DNC) nas populações de aves domésticas e silvestres, bem como a demonstração de ausência dessas doenças na avicultura industrial de acordo com as diretrizes internacionais de vigilância para fins de comércio.

Exportação de Frango - O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. O Pará protege o seu plantel avícola por meio das ações da Adepará, principalmente com o objetivo de implementar a biosseguridade nos aviários paraenses fazendo com que os estabelecimentos cumpram os pré-requisitos de sanidade avícolas preconizados pela legislação vigente.

Texto: Rosa Cardoso - Ascom Adepará (com informações do MAPA)