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Especialista do Hospital das Clínicas alerta para riscos da trombose venosa profunda

Cirurgião vascular do HC, Maciel Reis destaca a importância dos cuidados precoces e da atenção a sintomas característicos

Por Marcelo Leite (COSANPA)
12/12/2022 13h06

Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratamento de tromboses venosas nos últimos 10 anos. Para especialistas, os números revelam a necessidade de cuidados diários relacionados à saúde vascular e os riscos de doenças relacionadas desencadearem quadros clínicos ainda mais graves, como a embolia pulmonar.

De acordo com o estudo, o Pará é o Estado da região Norte com maior número de internações no período, com 3.198 casos notificados no Sistema Único de Saúde (SUS). Maciel Reis é cirurgião vascular no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) e explica o que é a trombose venosa profunda (TVP), também é conhecida como trombose e a importância dos cuidados precoces e da atenção aos sintomas característicos.

“A trombose venosa profunda corresponde à formação de um coágulo sanguíneo no interior de uma veia do sistema venoso superficial, que são aquelas mais próximas à pele, ou nos vasos mais internos relacionados à musculatura. Na maioria dos casos, ocorre nos membros inferiores”, pontua Maciel.  

Assim como muitas doenças, a trombose tem entre seus principais fatores de risco a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo, além do uso de substâncias hormonais de forma contínua e sem acompanhamento médico. Outros fatores importantes que devem ser observados são a presença de doenças que enfraquecem o sistema imunológico e a presença de varizes dos membros inferiores.

A partir destes fatores, Maciel alerta para os primeiros sinais e a realização de exames que irão indicar o tratamento adequado. “Ela se dá por um início súbito e abrupto de dor e inchaço, uma leve vermelhidão no membro e, frequentemente, unilateral. O diagnóstico começa com esse histórico apresentado pelo paciente, mas a confirmação é feita por meio de ultrassom com doppler, tipo de exame não invasivo e de fácil acesso. Se confirmado, o tratamento clínico controla o desenvolvimento desses sinais e sintomas, minimizando riscos de complicações agudas como a embolia”, frisa o especialista.