Universidade do Estado do Pará promove Fórum sobre o ensino de computação

De caráter regulamentar para elaborar o conjunto de aprendizagens essenciais que norteiam e colaboram para o desenvolvimento de alunos ao longo das etapas da Educação Básica, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) publicou, em novembro passado, um documento que discute o Pensamento Computacional dentro das escolas.

Neste cenário,  da Universidade do Estado do Pará (Uepa), realiza, nesta quarta-feira, 7, às 16h, o I Fórum Sobre o Ensino de Computação na Escola, com o foco para reflexões e direcionamentos acerca do que diz a BNCC. O evento acontece de forma on-line com transmissão no YouTube.  

Sob a coordenação do Curso de Licenciatura em Matemática, o fórum reúne diversos pesquisadores, para debater elementos específicos acerca do documento publicado e organizar agendas extensas. A intenção é discutir o Pensamento Computacional, articular as maneiras de inserir a proposta dentro do Curso de Matemática e, posteriormente e criar oportunidades para levá-la a uma possível formação de professores para as escolas.

Destinada aos alunos e ao público geral, a programação inicia somente com os profissionais que estudam a temática, e depois com os estudantes, que terão oportunidade para fazer perguntas. Para o coordenador do curso, Carlos Alberto Miranda, “o objetivo, neste momento, é que a comunidade de alunos possa participar do evento no sentido de conhecer o movimento que nós estamos criando e conhecer também os documentos lidos e analisados para o debate no fórum”.  

Pensamento Computacional e Cultura Digital foram alguns dos termos abordados no documento da BNCC. Embora sejam pertinentes em diversos segmentos da sociedade e áreas de estudos e pesquisas, ainda há pessoas que não sabem do que se trata, principalmente dentro das escolas. Segundo o professor, não há dentro do contexto escolar profissionais de computação que realizam as ações relacionadas com questões de informática. “Quem faz isso na escola é o professor de matemática, o professor de química, história. São eles que desenvolvem isso, principalmente na escola básica, por meio dos núcleos de tecnologias educacionais”, afirma Carlos Alberto.

Para muitos, as abordagens encontradas no documento da BNCC são novidades e despertam incertezas a respeito das competências criadas. Mas, na Uepa, estudos sobre o tema em questão já foram iniciados pelo grupo de Mestrado em Matemática, para que possam, futuramente, contribuir com as escolas públicas.