Dia do Perito, em 4 de dezembro, destaca a importância dos serviços da Polícia Científica
Data é uma oportunidade para se reconhecer a relevância da atividade dos profissionais que executam a perícia criminal e contribuem com a Justiça
Peritos do setor de balística utilizando o aparelho Ibis Inestimável. Assim pode ser considerado o trabalho dos peritos criminais, que por métodos científicos fornecem a prova técnica para elucidação de crimes, em benefício da Justiça. Não por acaso, essa atuação profissional motivou a criação, a cada 4 de dezembro, do Dia do Perito Criminal. Uma homenagem ao patrono da perícia criminal no Brasil, Otacílio de Souza Filho, que nasceu nesse mesmo dia. Otacílio Filho morreu tragicamente em 1976, após cair de um penhasco em Minas Gerais enquanto participava de uma investigação sobre duas mortes que haviam ocorrido naquele local.
No Pará, a Polícia Científica (PCEPA) vê a data como uma oportunidade para reconhecer a relevância da atividade dos profissionais que executam a perícia criminal, para ajudar no processo de investigação e na busca pela verdadeira Justiça, nos laboratórios forenses, em locais de crime, exames de necropsia entre outros procedimentos próprios da medicina legal. De uma forma ou de outra, todos contribuem para a segurança pública.
Diretor-geral da Policía Científica, Celso Mascarenhas: "Nestes quase 4 anos de gestão, nos pautamos em promover melhorias"De acordo com o diretor-geral da Polícia Científica do Pará, o perito criminal Celso Mascarenhas, nestes quatro anos da atual gestão estadual, a polícia científica tem sido contemplada com investimentos no quadro funcional e na infraestrutura do órgão, com a aquisição de modernos aparelhos.
“Nestes quase quatro anos de gestão, nos pautamos em promover melhorias na PCEPA readequando nossas unidades, laboratórios, salas de necropsia, adquirindo modernos aparelhos. E os resultados têm sido alcançados, com o trabalho dos nossos peritos sendo referência, premiados e, o mais importante, usado pela justiça como prova legal na resolução de crimes”, disse o perito criminal Celso Mascarenhas, diretor-geral da PCEPA.
“Vamos seguir modernizando a perícia criminal do Pará, fazendo esforços para dar mais e melhores condições aos nossos peritos, que estão cada vez mais inseridos no papel de agentes que dão resultado na segurança pública. E, fazendo menção ao Dia do Perito, que é comemorado neste dia 4 de dezembro, a vontade de seguir no objetivo de valorizar a classe se estende para todos os dias”, concluiu Celso Mascarenhas.
Perito odontolegista, Paulo Pires: "Contribuo com o que faço dentro da perícia para dar respostas às pessoas e à Justiça"Perito odontolegista, Paulo Pires, da Polícia Científica do Pará, exerce a perícia criminal há 32 anos. Lotado no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), e tem orgulho da especialidade que exerce na área criminal.
“Tenho esse prazer de servir, por meio da minha formação de odontolegista, a identificar pessoas mortas ignoradas, catalogar ossadas. Isso é dar uma resposta para as pessoas e para a Justiça, contribuição que faço dentro da perícia criminal durante todo esse tempo”, declarou Paulo Pires.
Perito criminal Paulo Bentes atua no Laboratório de Balística e tem orgulho dos 32 anos de atuação na Polícia CientíficaO perito criminal Paulo Bentes, lotado no Laboratório de Balística da PCEPA, também se orgulha das perícias em que participou, por elas terem sido determinantes na resolução de casos.
“Estou há 32 anos como perito criminal no Pará, que me fizeram participar de diversos casos. Mas, um em especial se tratava da morte de uma médica, nas proximidades do município de São Miguel do Guamá. O suspeito havia afirmado que eles haviam sido vítimas de uma emboscada, mas nós peritos, por meio de métodos científicos, conseguimos provar que ele não tinha falado a verdade e teria cometido o crime. Dessa forma, a Justiça usou nosso laudo como base no processo”, detalha Bentes.
A perícia criminal também é motivo de satisfação para quem iniciou há pouco tempo na carreira, como no caso do perito médico-legista, Ramon Ataíde. Aprovado no último concurso e tomado posse na PCEPA há apenas dois anos, a atividade tem conquistado o servidor a cada dia.
“Existe um estigma que o médico-legista analisa sem motivo um corpo. Mas, nesse pouco tempo que sirvo como perito médico-legista, percebi que minha atividade é mais do que isso, mas é aliar a medicina com a área jurídica e produzir uma prova científica que pode apontar o culpado de um crime, ou até mesmo inocentar um suspeito”, declarou Ramon Ataíde.