Secretaria de Educação promove 5ª Mostra de Rádios Escolares Estaduais de Belém
Evento reuniu estudantes e professores de seis espaços de ensino-aprendizagem da Região Metropolitana da capital paraense, neste sábado (3)
A 5ª Edição da Mostra de Rádios Escolares Estaduais de Belém (Morebel) no Teatro Estação Gasômetro, em BelémNo ano em que o rádio completa 100 anos de funcionamento no Brasil, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) retomou, neste sábado (3), com a programação presencial da Mostra de Rádios Escolares Estaduais de Belém (Morebel). A 5ª edição do evento foi realizada no Teatro Estação Gasômetro, com a presença de estudantes e professores de seis espaços de aprendizagem da Região Metropolitana de Belém.
A iniciativa quer contribuir com a disseminação das práticas de educomunicação, por meio do Projeto “Rádio Escola”, desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE Belém). Desde 2011, ele ocorre durante a Feira Pan-Amazônica do Livro e Multivozes, no estande da Seduc. As experiências positivas são divulgadas para o público que frequenta a exposição literária, durante dez dias, proporcionando aos alunos envolvidos na atividade um estímulo para continuarem com produções radiofônicas em suas escolas.
De acordo com a Seduc, a 5ª Morebel é a culminância desse projeto, elaborado por uma equipe de professores/radialistas do NTE Belém, que criou o evento com fins pedagógicos, unindo a mídia radiofônica e a tecnologia dentro das unidades de ensino.
Segundo a Seduc, por meio de oficinas, são abordados a linguagem radiofônica, locução, produção de roteiros, peças radiofônicas (prefixo, vinheta, spot, etc), gravação e edição de áudio.
A intenção é a de instrumentalizar os estudantes para que eles possam desenvolver programas nas escolas, com temas educativos, humorísticos, radionovelas, entre outros.
Aluna da Escola Teodoro Bentes, Eduarda Portugal: É um prazer participar do projeto, sonho em ser jornalista".Satisfação - Aluna da Escola Estadual Teodora Bentes, Eduarda Portugal afirma que é importante a realização de eventos dessa natureza. “É um prazer participar desse projeto, até porque tenho o sonho de ser jornalista e, com certeza, isso vai impactar bastante na minha trajetória, já que este é o início da minha carreira, digamos assim. Além do mais, outros estudantes que também desejam seguir na área estão tendo a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e seguir adiante”, ressaltou.
Confiante no resultado da sua equipe, a estudante Suzy Freitas, que frequenta a Escola Estadual Magalhães Barata, achou a experiência maravilhosa.
“Nós participamos da Feira Pan-Amazônica do Livro, este ano, fizemos um programa extremamente bom e estamos aqui para fazer o nosso nome e, assim, como da última vez, vamos ganhar e temos total confiança nisso. Todo mundo está se divertindo muito, tanto nos bastidores, fazendo roteiros, quanto para apresentar o programa”, disse a aluna.Aluna Suzy Freitas acredita no potencial da equipe dela
Aperfeiçoamento - Já para Bruno Henrique Abreu, aluno da Escola Estadual Manoel Leite Carneiro, “essa é uma oportunidade importante para nós e pretendemos dar o nosso melhor aqui. Para mim, essa experiência é fundamental porque já trabalho com a mídia, sendo cinegrafista, então isso é um aperfeiçoamento do meu trabalho, já que aprendi a mexer com áudio, sei fazer com vídeo e fora que sempre gostei de me comunicar com as pessoas”, revelou.
Profª. Kamila Massoud: "Alunos descobrem habilidades"De acordo com a professora Kamila Massoud, trabalhar com projetos dentro da escola é extremamente importante, porque é possível relacionar os conteúdos curriculares. “Trabalhamos assim os conceitos de interdisciplinaridades, que é tão difundido e essencial. Os alunos acabam conhecendo muitas habilidades para além das habilidades cognitivas. Eles aprendem a se relacionar melhor, a lidar com divergências, a trabalhar em equipe, superar desafios, então o projeto colabora em todos esses sentidos, principalmente por trazer um enfoque da nossa realidade amazônica, do nosso contexto paraense”, frisou.
Critérios - O evento possui o formato de uma mostra competitiva, de modo saudável, onde as escolas foram desafiadas a realizar produções radiofônicas de curta duração. Elas apresentaram, ao vivo, a um corpo de jurados de notório reconhecimento radiojornalístico e acadêmico na área de comunicação, os programas criados e produzidos pelos próprios alunos, abordando temas educativos.
Ao final, todos os espaços de aprendizagem receberam troféus e medalhas pela participação. Este ano, a Escola Estadual Aldebaro Klautau conquistou a 1ª colocação na competição, seguido das escolas estaduais Teodora Bentes (2º), Prof. Jorge Lopes Raposo (3º), Magalhães Barata (4º), Prof. Joaquim Viana (5º) e Prof. Manoel Leite Carneiro (6º).
Um dos coordenadores do projeto, o professor Benedito Fialho: "Trabalhamos com ênfase na educomunicação".“O Projeto “Rádio Escola” já tem cerca de 11 anos de existência e ele prima pela educação para desenvolver nos alunos a comunicação, a oralidade, tendo em vista que nós trabalhamos com ênfase na educomunicação. A comunicação juntamente com a educação, na perspectiva de que eles conheçam como usar a mídia, principalmente, no mundo e na situação que nós vivemos hoje, como dominar o software e a maneira de utilizar isso em prol da sua própria educação, com a produção de programas educativos”, destacou o professor e um dos coordenadores do projeto, Benedito Fialho.
O educador disse, ainda, que os alunos e professores passam por oficinas para aprenderem a usar a mídia do rádio como ferramenta educativa. “Eles vão produzir programas, na linguagem radiofônica, daquilo que aprenderam em sala de aula. Só que para isso, eles utilizam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mais especificamente da competência 4, que trabalha a comunicação e a 5, sobre a cultura digital, além do Documento Curricular do Estado do Pará (DCE-PA), observando os três eixos principais dentro das diversas áreas do conhecimento”, complementou.
O evento é uma realização da Seduc, por meio do Projeto “Rádio Escola”, desenvolvido pelo NTE Belém, sob a supervisão da Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE). A iniciativa contou, ainda, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Sistema Educacional Interativo (SEI), TSJ Serviços de Telemarketing e Oral Blue.