Hospital Metropolitano cumpre prontuário afetivo e aproxima pacientes e profissionais
Para tornar o ambiente mais empático e estreitar laços, algumas informações pessoais são adicionadas ao documento exposto nos leitos
Com o objetivo de tornar o processo de internação mais empático, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, realiza o Projeto Prontuário Afetivo. A iniciativa utiliza informações que identificam de forma mais pessoal o paciente, criando um ambiente acolhedor e de proximidade com os profissionais.
Nomes dos filhos, do cônjuge, time de futebol, música preferida e até nomes de animais de estimação constam no prontuário, documento hospitalar que registra dados sobre o quadro clínico. As informações são repassadas pelos familiares durante o boletim psicológico, realizado presencialmente.
A atividade é somada a outras ações de humanização realizadas na unidade de saúde, que pertence ao governo do Pará. A unidade busca acolher de forma integral o paciente e proporcionar mais conforto.
“Sabemos que o período de internação não é fácil e pode levar tempo. Amenizar esse processo e torná-lo o mais empático possível é fundamental e o principal objetivo do projeto”, destaca Natália Failache, coordenadora de psicossocial do HMUE.
“Entendemos que colocando esse profissional, seja ele o médico, enfermeiro ou técnico, mais próximo dos pacientes, elevamos o nível em relação à confiança, empatia e ao cuidado. Essa relação se torna mais próxima e leve, trazendo diversos benefícios”, afirma Natália.
“Chore agora, sorria depois” é com essa frase que a esposa do paciente Diego Henrique Negrão, 36, internado há sete meses no Hospital Metropolitano, pede que conste no Prontuário Afetivo de seu marido.
“É o que ele sempre repetia quando estávamos passando por algum momento difícil”, lembra Suzane Negrão. Além da frase, o documento traz uma lista de preferências como, por exemplo, comida favorita, filmes e séries.
Além do Prontuário Afetivo, o Hospital Metropolitano, principal referência para traumas e queimados no Norte do país, desenvolve outras estratégias de acolhimento aos pacientes e seus acompanhantes, como, por exemplo, o Cine Metrô, musicoterapia, oficinas de artesanato e palestras sobre diversas temáticas.
Texto de Alberto Dergan