Black Friday exige atenção em boas ofertas e para o risco de cair em golpes
Consumidor que for vítima de crime cibernético deve procurar a polícia
O clima de Black Friday já é realidade no comércio. Tão importante quanto procurar as melhores ofertas é o cuidado na hora de comprar, em um período de tantas transações simultâneas. De acordo com a delegada Ticiane Maia, da Delegacia de Combate a Crimes Cibernéticos, este é um período em que aumentam as ocorrências de fraudes praticadas em compras on-line.
"Na hora de comprar pela internet é importante verificar a procedência daquele site, se há comentários de outros consumidores, se é uma plataforma confiável. Vale ainda procurar pela certificação daquele ambiente de compras. Hoje em dia, com pix, cartão de crédito, as compras são debitadas imediatamente", alerta a delegada.
Outros cuidados incluem desconfiar de ofertas muito tentadoras, preços muito abaixo da média e ofertas que surgem na tela do celular e do computador, principalmente quando não solicitadas.
Em caso de fraude constatada, a vítima deve registrar ocorrência em qualquer unidade policial, seja no bairro, na Delegacia Virtual ou em uma das unidades especializadas em atendimento a crimes praticados por meio cibernético.
Quem recebe esse tipo de demanda é a Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), localizada na Avenida Senador Lemos, nº 1055, no bairro do Telégrafo. Em casos de crimes virtuais, a alternativa é a Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, que funciona na Avenida Pedro Miranda, 2288, bairro da Pedreira.
Principalmente em compras virtuais é melhor evitar o uso de boletos bancários, pois após o pagamento é muito mais difícil recorrer e reaver o valor. Uma opção pode ser o cartão de crédito, que permite recorrer e buscar o ressarcimento em caso de fraude.
Código do Consumidor - Nas compras feitas em ambiente on-line, o consumidor tem o prazo de sete dias para cancelamento da compra, devolução do produto e ressarcimento do valor pago. O prazo vale apenas a partir do momento em que o consumidor recebe o produto.
Os compradores devem ficar atentos aos produtos, sejam importados ou nacionais, nas informações exatas, e em português, sobre as características, qualidade, quantidade, preço, composição, prazo de validade, origem e garantia, além dos riscos que possam apresentar à saúde e segurança.
Nas gôndolas, os produtos em exposição devem apresentar os valores dos preços para pagamento à vista e a prazo, em quantas vezes pode ser parcelado e as taxas cobradas, como juros.
Denúncias - As compras realizadas no período da Black Friday devem seguir as normas estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Caso não haja o cumprimento das ofertas, cabe reclamação ao Procon Pará, orienta o diretor Eliandro Kogempa. "Pesquisar antes é uma boa opção para quem deseja comprar. Verificar a segurança dos sites, em caso de compras on-line, e verificar meios de pagamento confiáveis, para que o consumidor tenha seu direito garantido", reforça.
Em caso de dúvidas ou denúncias, o consumidor pode acionar o Disque Procon Estadual 151 ou ligar para (91) 3073-2824. Também pode buscar atendimento na sede do órgão, localizado na Travessa Lomas Valentinas, 1150, no bairro da Pedreira, em Belém.
Ligar o “alerta”:
- Suspeitar de promoções incríveis, rápidas e com valor desproporcional;
- Suspeitar de lojas que oferecem pagamento apenas por boletos;
- Analisar o nome da página ou perfil que divulgou a promoção;
- Analisar produtos oferecidos por meio de links, SMS ou aplicativo de mensagem;
- Procurar erros ortográficos, que são alguns dos indícios de tentativa de golpe;
- Desconfiar de ofertas feitas por ligações;
- Confirmar sempre a veracidade das informações antes de fechar qualquer negócio;
- Desconfiar de ofertas feitas por supostas agências bancárias. De preferência, vá até o local.