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HACKATHON

Alunos da rede pública são premiados com bolsas no Startup Pará

Os vencedores apresentaram seus projetos de sustentabilidade durante o Pitch e vão receber bolsas por 12 meses

Por Governo do Pará (SECOM)
23/11/2022 18h05

Vencedores apresentaram projetos sustentáveis, com reflexos positivos para toda a sociedadeO projeto sobre uso inteligente de energia conquistou o primeiro lugar na disputa do Hackathon Educação e Ideais Sustentáveis, do Startup Pará, programa do governo do Estado desenvolvido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet). A ideia é do estudante Natanael Magno, da Escola de Ensino Técnico Paes Carvalho. “Eu me sinto muito realizado por essa premiação, principalmente nessa área que envolve a tecnologia, porque estou começando nesse ramo. Ganhar um prêmio em pesquisa tecnológica está sendo de grande importância”, disse o vencedor. O evento ocorreu nesta quarta-feira (23), no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), em Belém.

Estudantes do ensino técnico e superior tiveram cinco minutos para apresentar os projetos aprovados, o chamado Pitch, momento em que devem, de forma rápida e dinâmica, apresentar suas ideias, como parte do processo de premiação das propostas escolhidas no Hackathon.

Coordenadora Maria Trindade: impacto na escolaAlunos de escolas técnicas do Pará, e equipe técnica do programa, participaram da programação. “É uma oportunidade para que a sociedade venha conhecer de que forma foi pensada essa proposta, de que forma ela vai impactar dentro da escola, e se tem potencial de replicação”, detalhou a coordenadora do Startup Pará, Maria Trindade.

Trinta e oito projetos de Belém, Ananindeua, Bragança, Cametá, Castanhal, Altamira, Itaituba, Marabá, Oriximiná, Paragominas, Salvaterra, Santarém e Tucuruí foram inscritos e avaliados por uma comissão, que considerou critérios como solução inovadora; melhor usabilidade, que facilite a compreensão dos usuários; a descrição clara do tema e objetivos dos projetos submetidos pelos estudantes. Foram selecionadas três propostas do ensino técnico e duas do ensino superior.

Ecologia - Allan Deywison Lima, da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Francisco das Chagas Azevedo - Cacau, foi o segundo classificado com o projeto de reutilização de monitores para criação de lixeiras ecológicas. Já Paula Taissa Souza, também estudante da instituição, ficou com a terceira colocação com a ideia de construção de vasos para plantas com fontes de computadores. “Ter o projeto selecionado é surpreendente. Representa que os alunos de escola pública têm, sim, ideias renomadas. Eu proponho com essa iniciativa que, além da nossa escola, venhamos expandir para outros lugares essa consciência sobre o reaproveitamento do lixo eletrônico”, explicou a aluna. Os vencedores conquistaram bolsas na categoria Ensino Técnico.

Raianda Nunes, de Itaituba, trabalha a reutilização de óleo comestívelNa graduação, as bolsas foram conquistadas pela estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária Raianda Maria Nunes, do Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Itaituba (Sudoeste), com o projeto de reutilização do óleo vegetal comestível usado no restaurante da instituição e da comunidade do entorno do campus. A segunda colocação ficou com Camila Marcela da Silva, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), campus Cametá, com uma proposta que visa à produção de papel reciclado com uso de resíduos da comunidade escolar. 

Impacto na comunidade - Raianda Nunes disse que com a inauguração do restaurante do Instituto, prevista para abril de 2023, o óleo de cozinha descartável pode ser transformado em barras de sabão, beneficiando a comunidade acadêmica e o entorno.  Em um levantamento, ela identificou que de cada dez pessoas, nove descartam o óleo no ralo da pia. Dentre essas, seis reutilizam a substância pelo menos três vezes na alimentação antes de descartar indevidamente, causando danos à saúde e ao meio ambiente.

Natanael Magno propõe evitar desperdício de energia“Nós propomos mitigar esses problemas, tanto dentro do nosso campus, com o recolhimento do óleo do restaurante universitário, quanto na comunidade do entorno, por meio de PEV (ponto de entrega voluntária) do óleo das residências e das lanchonetes do bairro. Iremos promover oficinas, rodas de conversas e seminários para capacitar as mulheres da comunidade a produzir sabão a partir da reutilização do óleo comestível. O sabão ecológico é uma alternativa sustentável para o descarte do óleo de cozinha”, explicou.

Já Natanael Magno, estudante da Escola Paes de Carvalho, contou que seu projeto nasceu de uma percepção dentro do colégio sobre o desperdício de energia. Na instituição é comum observar o consumo indevido nas salas e corredores, com lâmpadas, ar-condicionado e equipamentos ligados sem necessidade. “O objetivo do nosso projeto é, por meio de suportes tecnológicos, criar um sistema que reduza esses gastos de energia. Um sistema automatizado por sensores que controlem esse fluxo, economizando e levando essa consciência do uso correto da energia”.

Incentivo do Estado - O Hackathon teve como desafio o desenvolvimento de soluções que melhorem a realidade e promovam um ambiente de sustentabilidade, inovação e colaboração na comunidade escolar. Os alunos apresentaram projetos voltados para as temáticas: Desperdício de água; Desperdício de papel; Desperdício de descartáveis; Desperdício de comida e de energia.

Os aprovados no ensino técnico ganharam bolsas no valor de R$ 400,00, com duração de 12 meses, e para os estudantes do ensino superior o valor das bolsas foi de R$ 1.000,00. “É a oportunidade para que esse aluno venha fazer parte desse ambiente de inovação e criatividade, que potencializa o desenvolvimento do Estado do Pará”, reforçou a coordenadora Maria Trindade.  

Texto: Ascom/Fundação Guamá