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COP 27: Pará destaca importância da parceria com a China para produção sustentável de alimentos

Governador Helder Barbalho acredita que a parceria entre o país asiático e o Brasil pode ser expandida para outros segmentos econômicos

Por Ronan Frias (SECOM)
15/11/2022 18h19

O governo do Pará participou nesta terça-feira (15) da assinatura do Memorando de Entendimento entre o Consórcio de Estado da Amazônia Legal e representantes chineses. O evento foi realizado durante o painel “Perspectivas para Colaboração Sino-Amazônica para Sustentabilidade na Cadeia Global de Suprimentos”, dentro da programação oficial do “Hub Amazônia Legal COP 27”, na Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito. 

O governador do Pará e representante do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Helder Barbalho, destacou o quanto a assinatura do documento é fundamental para o fortalecimento da produção agropecuária desenvolvida de forma sustentável dentro do Pará.Governador Helder Barbalho (c) no evento da programação oficial do “Hub Amazônia Legal COP 27"

Ele frisou ainda a importância das vocações produtivas paraense no contexto global. “Destaco a importância e a relevância de que possamos fortalecer a vocação da atividade produtiva sustentável na amazônia e no brasil. O Brasil é protagonista da agenda climática, é detentor da maior floresta climática do planeta, ao mesmo tempo em que se consolida em projeções como o garantidor da segurança alimentar do mundo, destacando a produção de grãos e proteínas animal. Queremos reafirmar o compromisso de compatibilização desta vocação que gera segurança alimentar com o equilíbrio climático e com a sustentabilidade, levando em consideração os povos tradicionais e as riquezas do bioma amazônico. Nós entendemos ser absolutamente necessária a compatibilização de que o Brasil continue a produzir alimentos com responsabilidade, com as suas leis, garantindo estabilidade, segurança jurídica, comprometimento social e ambiental”, reiterou o governador.

Sobre as relações comerciais bilaterais com a China, Helder Barbalho ponderou que a parceria entre o país asiático e o estado brasileiro pode ser expandida para outros segmentos econômicos, ainda com foco no desenvolvimento sustentável: “Nós enxergamos a China como um parceiro estratégico do Brasil não de hoje, mas de muito tempo. Esperamos que cada vez mais possamos ter uma relação sólida e respeitosa para que nós possamos garantir alimentos aos chineses, e ter uma relação de mercado forte e ativa que não se restrinja apenas a alimentos, mas que avance sobre tantas outras ferramentas de cooperação, como na mineração. Por isso, festejo esse acordo, esse instrumento para que possamos fazer desta relação uma oportunidade de fortalecimento econômico sustentável”, pontuou o chefe do Executivo estadual.

No painel realizado nesta terça-feira participaram os governadores Antônio Waldez Góes da Silva (AP), presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia; Gladson Cameli (AC), Helder Barbalho (PA), Marcos Rocha (RO) e Wanderlei Barbosa/TO, além de secretários de Estado e convidados.

Centros de pesquisa - Durante a programação realizada nesta terça-feira pelo Consórcio Amazônia Legal na COP-27, o diretor-presidente da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial e Inovação), José Luís Gordon, anunciou o credenciamento de quatro centros de pesquisa na região: dois em Belém, um em Santarém e um em Palmas, capital do Tocantins. Na prática, é a chegada da agência federal a mais dois estados da Amazônia Legal. Até hoje, só havia laboratórios credenciados no Amazonas. No Pará, as novas unidades Embrapii vão funcionar na UFPA (Universidade Federal do Pará), na Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) e no ISI (Instituto Senai de Inovação do Pará).

As unidades vão estimular a inovação industrial sustentável nos dois Estados com a destinação de R$ 9,6 milhões, frutos de parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Ministério da Educação. Esse valor pode chegar a R$ 30 milhões no primeiro ano com a contrapartida de empresas e dos centros de pesquisa. O objetivo é potencializar negócios das cadeias produtivas florestais, incentivando a bioeconomia.