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ECONOMIA E MEIO AMBIENTE

COP 27: Em evento oficial da ONU, Helder Barbalho pede subsídio internacional para financiar bioeconomia no Pará

Governador paraense foi convidado para falar sobre as ações de bioeconomia

Por Leonardo Nunes (SECOM)
15/11/2022 17h26

O governador Helder Barbalho defendeu na tarde desta quinta-feira (15) que os mecanismos internacionais subsidiem o financiamento público para estimular os negócios e empregos verdes que giram em torno da bioeconomia no estado. A afirmação do governador paraense foi realizada durante evento oficial da COP, a conferência do clima da ONU, que desta vez entra em sua 27ª edição e é realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Na oportunidade, Helder Barbalho foi convidado para falar sobre as soluções baseadas na natureza para as soluções climáticas, em particular, as experiências em bioeconomia desenvolvidas pelo Pará. O chefe do Poder Executivo Estadual paraense dividiu espaço com especialistas, ambientalistas e autoridades de diferentes partes do mundo. Entre os presentes estavam Bruno Oberle (Diretor Geral, IUCN), Jenifer Corpuz (Nia Tero, Filipinas), Peter Katanisa (Consultor do Ministério do Meio Ambiente, Ruanda), Wanjira Mathai (Diretor Administrativo para a África, WRI) e SooJeong Myeong (Instituto do Meio Ambiente da Coreia).

“Esse é um momento especial para reafirmar o compromisso do nosso estado no impulsionamento desta nova vocação que é a bioeconomia. Estamos considerando o conhecimento, a ciência, a tecnologia e o saber dos nossos ancestrais, mas por outro lado, construindo o financiamento público subsidiado para estimular negócios verdes. Nosso desafio é conciliar tradição e inovação, gente e floresta viva e cremos que a bioeconomia é o novo pilar econômico da Amazônia e, particularmente, do Estado do Pará”, analisou.Governador Helder Barbalho defendeu na COP a bioeconomia como nova vocação central do Pará

“Atualmente, o Estado do Pará possuí 70% do seu território em floresta. É um estado com vocações para atividade do agronegócio e mineração. Neste momento, estamos construindo as soluções para uma transição econômica e que possamos ter a bioeconomia como nova vocação central. Queremos consorciar floresta viva com alternativas de geração de emprego. Essa estratégia busca fazer com que o Estado cumpra com a sua missão na redução das emissões e faça do uso correto da floresta viva”, pondera Helder Barbalho.

Pará vai lançar Plano Estadual de Bioeconomia -  Ainda durante o encontro, o governador Helder Barbalho, que representa o presidente do Consórcio da Amazônia Legal, Waldez Góes - governador do Amapá - adiantou e convidou os participantes para o lançamento do Plano Estadual de Bioeconomia do Estado do Pará. Essa é uma iniciativa inédita no Brasil.

“Somos o primeiro Estado Brasileiro a ter o plano de bioeconomia local. Vamos lançar esse plano amanhã (quarta-feira, 16) aqui na COP 27 na área do Consórcio dos governadores da Amazônia. Esse trabalho é fruto da escuta das comunidades tradicionais, dos saberes da floresta, do chamamento do conjunto de pesquisadores e cientistas que entendem e conhecem a Amazônia”, disse.

Escola dos saberes da floresta e Parque de Bioeconomia - O governador Helder Barbalho ressaltou que todo o debate em torno da Bioeconomia no estado foi iniciado em 2021 quando o Pará sediou o Fórum Mundial de Bioeconomia e recebeu a presença de técnicos, estudiosos e ambientalistas de diferentes países.

"Estamos caminhando para avançar em um ambiente que saiba valorizar a pesquisa e o estímulo ao conhecimento da diversidade florestal para estimular o portifólio de uso eficiente do solo mantendo a floreta viva. Isso tem dois pilares. Primeiro, a criação da Escola dos Saberes da Floresta e o outro o é o Parque de Bioeconomia da Amazônia. Essa a solução que estamos apresentando para revisão do uso da terra na nossa região”, adiantou. 

Convite – De acordo com os organizadores, o governador Helder Barbalho foi convidado após na COP 26, as Partes da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) reconheceram claramente as crises interligadas de mudança climática e perda de biodiversidade, e o papel crítico da natureza na entrega de benefícios tanto para adaptação quanto para mitigação. O painel buscou debater como as iniciativas pode ser operacionalizadas de forma significativa com casos práticos.