Pará integra discussões sobre futuro da Amazônia na COP-27
Representantes de povos originários brasileiros e líderes sociais e políticos debateram as prioridades da agenda ambiental
O futuro da Amazônia voltou a ser tema de debates durante a programação da 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-27), realizada no Egito. Neste sábado (12), representantes de povos originários brasileiros e líderes sociais e políticos ligados ao meio ambiente discutiram, a partir da mudança do cenário político nacional, quais deverão ser as prioridades para o controle do desmatamento, proteção de direitos, da biodiversidade e investimentos na região.
O tema foi debatido durante o painel "Amazônia à beira de um novo futuro”, e contou com a participação de Joênia Wapichana, primeira congressista indígena do Brasil; Txai Surui, coordenadora do Movimento da Juventude Indígena do Estado de Rondônia; Márcio Astrini, diretor executivo do Observatório do Clima, e do secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará, Mauro O’de Almeida.
A roda de conversa integrou a programação da Agenda de Ações Climáticas e, além dela, reuniu especialistas e representantes da sociedade em debates sobre representatividade feminina na linha de frente das mudanças climáticas na África, impactos da indústria de vestuário no clima, educação, inovação e o papel de agentes públicos e privados na preservação de florestas.
Representante do Pará no debate, Mauro O’de Almeida destacou que o Estado vem ampliando investimentos em diferentes linhas de frente que têm contribuído para a proteção de florestas e outros ambientes naturais. “O Pará tem se preparado para o futuro com apoio decisivo do governador do Estado, que aprovou e defende todas as políticas relacionadas à agenda climática apresentadas a ele”, frisou o secretário.
Uma das ações apresentadas pelo secretário foi a Operação “Amazônia Viva”, que compõe o eixo Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) no enfrentamento à exploração florestal ilegal em regiões, que reunem os maiores índices de desmatamento. Em 28 fases de atuação, mais de 200 acampamentos que serviam de abrigo aos desmatadores ilegais foram desmobilizados, juntamente com 65 garimpos ilegais, além da apreensão de tratores, carregadeiras, escavadeiras, motosserras, armas e madeira cortada ilegalmente.
Números que o Estado pretende melhorar, segundo Mauro Almeida, a partir de novos investimentos e de um novo olhar que a Amazônia deve receber nos próximos anos. “Nossas prioridades agora são estruturar bons planos de ação e projetos para que tenhamos mais equipamentos e sistemas de tecnologia da informação que possam ajudar no combate ao desmatamento”, pontuou o gestor durante o evento.