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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

 'Floresta e produção: bens e serviços' é tema da programação científica do Floresta Pará

Representantes da Semas, Embrapa e Instituto do Clima discutiram iniciativas de proteção dos recursos naturais envolvendo a sociedade civil, em geral

Por Aldirene Gama (SEDEME)
10/11/2022 12h34

Pela programação, alunos do 6º ano da Escola Estadual Alexandre Nicomedes da Cunha visitaram o Parque do UtingaA programação técnico-científica do Floresta Pará, evento carbono neutro realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) começou, nesta quinta-feira (10), com a mesa "Floresta e produção: bens e serviço, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, em Belém.

O primeiro debate do dia teve como convidados o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, o engenheiro florestal Milton Kanashiro e Maria Tereza Uille, do Instituto do Clima, que participou de forma virtual. Também participou, Yago Yago Borges, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Equipe do Ideflor-Bio apresenta espécies da flora do Parque do Utinga às crianças da Escola Alexandre Nicomedes da Cunha O pesquisador, Milton Kanashiro, apresentou uma síntese do histórico dos arranjos político-institucionais sobre os cuidados com a floresta e seus usos, a partir da década de 1970. Ele ressaltou como marco a Rio 92, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, e o compromisso firmado por 179 países para garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, com a promoção de manejos florestais comunitários, com o protagonismo das populações locais.

O pesquisador da Embrapa destacou a necessidade de se valorizar mais a meta 17 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que trata das cooperações nos processos. Ele encerrou a apresentação convidando o público a acolher o sentido da saúde única como saúde humana, saúde animal, saúde da planta e saúde ambiental de forma conjunta e com a mesma importância, conforme tem proposto as Nações Unidas. 

Já Maria Tereza Uille, do Instituto do Clima, fez uma retrospectiva da atuação do Conselho Nacional de Justiça, que ela integrou antes de se dedicar ao Instituto. Ela ressaltou a urgência de haver maior dedicação junto a políticas públicas de âmbito municipal. Com participação virtual, ao vivo, ela abordou a necessidade de um esforço para proporcionar a segurança jurídica aos diversos atores sociais, unindo cadastros dos poderes Judicial e Executivo, evitando a duplicidade de informações e consequentes problemas e mesmo crimes ambientais. Por fim, comentou que o poder público municipal precisa de capacitação no que se refere a aspectos ambientais e climáticos, específicos. 

Yago Borges, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), explanou a respeito do manejo florestal praticado por ribeirinhos no Pará, a partir de uma contextualização legal, a partir da Resolução do Conama de 2009 até as normativas de 2021. Ele cita que existem 104 empreendimentos licenciados no Pará entre janeiro de 2021 a outubro de 2022, sendo a maioria deles situados em Afuá e Anajás, no Marajó.

Durante a programação, cerca de 30 alunos do 6º ano, da Escola Estadual Alexandre Nicomedes da Cunha, do bairro da Cabanagem, foram recebidos nos estandes dos expositores, onde conheceram produtos madeiros e não madeireiros, espécies de mudas florestais e frutíferas  e uma variedades de sementes nativas da floresta amazônica, utilizadas na composição dos Sistemas Agroflorestais, implantados pelo Ideflor-Bio.

O Sistema Agroflorestal (Safs), consiste no plantio de espécies florestais e frutíferas diversas em um mesmo terreno, beneficiando o desenvolvimento das plantações e contribuindo à recuperação de áreas alteradas, envolvendo não só a reconstituição das características do solo, mas de todos os elementos naturais que favorecem e dão condições para a manutenção da biodiversidade.

Após a visita os estudantes, seguiram para o Parque do Utinga , onde participaram de visita guiada por técnicos do Ideflor-Bio, que apresentaram as belezas naturais da Unidade de Conservação, o projeto Ararajuba, o Memorial dos Povos Originários da Amazônia Verônica Tembé  e reforçaram a importância  da preservação e conservação dos recursos naturais dos ecossistemas .

A programação científica prossegue nesta quinta -feira (11) até as 18h com mesas redonda e painel com os temas, "Mineração, Desmatamento e Mudanças Climáticas''. O encerramento contará com apresentação cultural e entrega de medalhas  e também vai contar com programação cultural.

A cerimônia de encerramento da floresta ocorre a partir das 18h.  Representantes de instituições públicas e privadas, e da sociedade civil serão agraciados com a medalha de honra do Ideflor-Bio, alusiva aos 15 anos da instituição, considerando as relevantes contribuições prestadas ao Instituto. A cerimônia de encerramento será no Teatro Maria Sylvia Nunes.

Programação 10 de novembro (tarde)

14h às 16h

Painel: Mineração, Desmatamento e Mudanças Climáticas.

Palestrante: Tasso Mendonça Jr. (ANM), Luis Maurano (INPE) (virtual) e Lise Tupiassu

(UFPA) (virtual)

Moderação: Marcelo Moreno (Semas)

16h30 às 18h

Mesa redonda: Restauração Florestal

Palestrante: Mayra de Nazaré Barral das Neves (Hydro), Marcelo Arco-Verde (Embrapa

Florestas) (virtual) e Ima Célia Vieira (Mpeg)

Moderação: Walmer Bruno Martins (Ufra)

Programação cultural

08/11 - DANÇA - 18h

Grupo/artista: DANÇART (Companhia de dança de Marituba – Espetáculo Amazônia)

09/11 - MÚSICA - 17:30h

Grupo/artista: Mário Mousinho e Banda - Canções Amazônicas

10/11 - MÚSICA - 17:30h

Trio Manari e Andrea Pinheiro - Sons da Floresta.