Começa a Conferência do Clima (COP 27) no Egito, e Pará conduz discussões estratégicas
Com a presença do governador Helder Barbalho, governo do Estado lançará Plano de Bioeconomia, restauração florestal, entre outras ferramentas
Pará apresentará estratégias para a preservação da Amazônia na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27)Líderes de todo o mundo já participam da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que teve início neste domingo, 6, na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito. Até o dia 18 deste mês, serão realizados debates sobre as mudanças climáticas que impactam diretamente na vida da população e o que é possível fazer para mitigar os seus efeitos. A COP 27 traz como tema "Juntos para a implementação".
O Pará estará representado por uma delegação composta por técnicos e gestores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), liderada pelo governador do Estado, Helder Barbalho, que também coordena o Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal.
O governador Helder Barbalho foi quem fez o convite ao presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para participar da Conferência. Além de Lula, aproximadamente 90 chefes de estado, já confirmaram presença no evento, entre eles, o presidente da França e secretário executivo da Conferência, Emmanuel Macron; e o presidente americano, Joe Biden.
Durante a Conferência, representantes do governo do Pará e instituições financeiras assinarão Memorandos de Entendimentos (MoU) e contratos financeiros que deverão refletir em investimentos para as políticas públicas de preservação da Amazônia. Serão firmados acordos que irão gerar R$ 55 milhões, em investimentos para o Estado.
Os representantes do Pará participarão de painéis, reuniões bilaterais e lançamentos, apresentando ao mundo os resultados das políticas ambientais realizadas pela gestão estadual nos últimos anos. Ao todo, a agenda prevê mais de 20 compromissos institucionais.
O Pará levará para discussão o financiamento climático na Amazônia, como é feito e os resultados das políticas de regularização ambiental, de forma especial para comunidades tradicionais, a exemplo de quilombolas e extrativistas, e fundiária. Irá participar, ainda, de debates sobre as políticas para redução das emissões de gases de efeito estufa, sobre a reinserção do Brasil na agenda climática, os procedimentos adotados sobre Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), rastreabilidade ambiental, sobre a plataforma Territórios Sustentáveis, além de ser o único representante brasileito que irá participar do debate ‘O Brasil pode liderar novamente?’, promovido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Bioeconomia - Diante de líderes mundiais e uma plateia qualificada, o Pará entregará o Plano Estadual de Bioeconomia, se tornando referência dos governos subnacionais da América Latina, na próxima terça-feira, dia 15, e a estratégia de restauração florestal, que será anunciada no dia seguinte. “O Plano em si é viabilizado a partir de um investimento inicial de R$ 219 milhões do orçamento do Estado e R$ 400 milhões em crédito do BanPará para 2023”, antecipou o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida.