Semas apresenta resultados da operação de combate a crimes ambientais no Pará
28ª Operação "Amazônia Viva" atua no combate à exploração florestal ilegal em regiões que fazem parte da lista com maiores índices de desmatamento
Os resultados alcançados pela 28ª Operação Amazônia Viva no combate à exploração florestal ilegal em regiões que fazem parte da lista com maiores índices de desmatamento, como o sudeste e sudoeste do Pará, foram divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta segunda-feira (07). A operação ocorrida no período de 3 a 28 de outubro é realizada por meio da Força Estadual de Combate ao Desmatamento (FECD) e compõe o eixo Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).
Nesta mais recente operação, coordenada pela Semas com a união de esforços de agentes de segurança pública do Estado, foram embargadas áreas que somam 7.245,33 hectares, também foram destruídos quatro acampamentos, efetivadas apreensões de quatro tratores, um caminhão, 21 motosserras, um soprador, três bombas de abastecimento, 400 litros de gasolina, seis vasilhames de 20 litros, 40 litros de óleo diesel, bomba de sucção, corrente, rádio GP-78 com antena, dois painéis solares e um motor de rabeta. A equipe confiscou ainda 97,48 metros cúbicos (m³) de madeira em tora e 4,24 m³ de estacas nas áreas fiscalizadas. Houve ainda cinco procedimentos policiais realizados (TCO, BO e IPLs), além de duas armas de fogo apreendidas.
A fiscalização realizada com apoio de imagens de satélite produzidas pelo Centro de Monitoramento Ambiental (Cimam) apresentou, entre os procedimentos administrativos, 20 Autos de Infração, 20 Termos de Apreensão, 21 Termos de Apreensão e Depósito, um Termo de Depósito, 11 Termos de Embargo, um Termo de Inutilização/Destruição, sete Termos de Notificação, cinco Termos de Inutilização/Destruição de 34,74 m³ de madeira em tora e um trator, por causa do difícil acesso para a retirada da madeira e do maquinário.
Balanço - Essa atuação interinstitucional ocorre desde junho de 2020 e já alcançou, até o final de outubro deste ano, a marca de mais de 324 mil hectares de áreas embargadas – que nessa condição não podem exercer qualquer atividade no local ou receber incentivos financeiros de qualquer espécie.
Nestes 28 meses de atuação também foram destruídos 202 acampamentos que serviam de abrigo aos desmatadores ilegais, interditados 65 garimpos ilícitos, apreendidos 169 tratores, carregadeiras e escavadeiras utilizados na ilegalidade, destruição de 79 outras máquinas pesadas encontradas em áreas de difícil acesso, 158 armas de fogo e 814 munições retiradas de circulação e outras apreensões envolvendo o volume de 12.117 m³ de madeira em tora, 2.095,1255 m³ de madeira serrada e 464 motosserras utilizadas na derrubada das árvores retiradas da floresta, entre outros equipamentos e apetrechos usados nas áreas atingidas pela exploração ilegal.
PEAA - O Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) é a principal plataforma de ações para a redução sustentada do desmatamento no Pará. O PEAA desenvolve estratégia de longo prazo e tem como meta a redução de, no mínimo, 37% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes da conversão de florestas e do uso da terra, até 2030 – em relação à média entre os anos de 2014 a 2018 – e com apoios adicionais, planeja ampliar esta performance, para 43% de diminuição da emissão GEE até dezembro de 2035.
“A Secretaria vem atuando fortemente para conter o desmatamento de forma enérgica, ao mesmo tempo em que oportunizamos às pessoas geração de renda sem desmatamento. Oportunidades de proteger a floresta e tirar o próprio sustento, seja por meio do Territórios Sustentáveis ou por meio do Plano Estadual de Bioeconomia que já iremos implantar”, destacou o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.