No "Novembro Azul", Regional de Marabá reforça orientações de prevenção
Iniciativa mundial visa conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata
No mês voltado para a prevenção ao câncer de próstata, com a campanha mundial "Novembro Azul", o Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, com a realização de exames preventivos.
Cassiano Barbosa, médico urologista que atua na unidade que pertence ao Governo do Pará, e é gerenciada pela Pró-Saúde, explica que as pesquisas mostram que quanto mais cedo uma doença é diagnosticada, maiores são as chances de uma pessoa se curar.
"Normalmente, na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura, daí a importância de se fazer diagnóstico precoce por meio da consulta periódica ao urologista e dos exames preventivos", enfatiza o especialista.
Entre os sintomas, especialmente em pacientes em estágios avançados, estão ardência ou dor ao urinar, necessidade de urinar com mais frequência, sangue na urina ou no sêmen, disfunção erétil, entre outros.
"Se você estiver sentindo um ou mais destes sintomas, procure imediatamente um especialista e investigue as causas adequadamente. O diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta em até 90% as chances de cura", alerta Cassiano.
Exames preventivos como o de sangue conhecido como "PSA", que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata, e o exame de toque retal - no qual o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata - são fundamentais para o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
"Infelizmente ainda há muito preconceito por parte dos homens em relação aos exames preventivos da próstata, em especial o de toque retal, que é o mais recomendado, pois cerca de 18% dos casos de câncer não são rastreados pelo PSA. Há o tabu da violação da masculinidade, mas o exame não tem qualquer conotação neste sentido. Temos que acabar com isso, pois preservar a vida é a prioridade", afirma o urologista.
Fatores de risco e prevenção - Segundo dados levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o histórico de câncer na família, o sobrepeso, obesidade, idade a partir dos 45 anos, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, são fatores que aumentam os riscos do câncer de próstata.
"A causa exata do câncer de próstata ainda não é conhecida, e fatores de risco como a idade e histórico familiar não podemos controlar, mais baseados no que já sabemos atualmente, existem fatores de risco que podem ser evitados, para reduzir as chances de adquirir a doença, como por exemplo, ter um estilo de vida saudável", explica o médico Cassiano Barbosa.
Cinco dicas que ajudam a prevenir o câncer de próstata:
- Tenha uma alimentação saudável: Evite a ingestão de gorduras trans e saturadas, optando pelas gorduras mais saudáveis, como o ômega-3, presente em nozes, sementes e peixes. Coma mais frutas e vegetais, e diminua o consumo de carnes vermelhas;
- Controle o seu peso: Manter um peso saudável ajuda na prevenção do câncer de próstata, isso ocorre porque a obesidade é um dos fatores de risco que pode e deve ser modificado;
- Não fume e reduza o consumo de álcool: O tabagismo é um dos fatores de risco de pelo menos 15 cânceres, incluindo o de próstata. O álcool altera o conteúdo hormonal e contém substâncias que podem alterar o crescimento tumoral;
- Pratique exercícios físicas: As atividades físicas ajudam a ter um peso adequado, melhoram a função imunológica, aumentam a capacidade cardiorrespiratória, fortalecem músculos e ossos, melhoram a qualidade do sono e aumentam a sensação de bem-estar;
- Consulte seu médico: A partir dos 45 anos visite o seu médico regularmente e faça os exames de rotina, isso é essencial para descobrir alterações e doenças no estágio inicial, evitando que elas se desenvolvam, especialmente se houver histórico familiar.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará presta atendimento 100% gratuito, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo referência para mais de um milhão de pessoas de 22 municípios no interior do Pará.
Texto: Ederson Oliveira/Ascom HRSP