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Feira Estadual de Ciência e Tecnologia e Belém+30 são na capital paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/06/2018 00h00

Na manhã desta quinta-feira (21), em Belém, foi dada a largada para a realização da 9ª Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet). Este ano, a Feira, que ocorre tradicionalmente em outubro, será realizada entre os dias 7 e 10 de agosto no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, pois está inserida na programação do evento internacional intitulado Belém+30, o qual congrega ainda o XVI Congresso Internacional de Etnobiologia, o XII Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia e a I Feira Mundial da Sociobiodiversidade.

O Belém+30 tem como tema central “Os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais e a conservação da biodiversidade três décadas após a Declaração de Belém”. O principal objetivo é refletir sobre as conquistas e os desafios da Carta de Belém, três décadas depois do primeiro encontro internacional de Etnobiologia, ocorrido na capital paraense. Acompanhando o tema, a Sectet vai procurar mostrar como tradição e ciência podem estar mais próximas do que se imagina.

Durante o lançamento do evento, o titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello, destacou que o objetivo da Feira Estadual de CT&I é disseminar o valor da ciência e da tecnologia junto à sociedade. “Também é uma forma de que a população paraense e os visitantes do evento internacional tenham a oportunidade de assimilar, cada vez mais, a importância do conhecimento seja ele popular, tradicional, científico. Além disso, a Amazônia é um tema global no que representa em termos ecológicos, biológicos e o nosso grande desafio é desenvolver uma economia mantendo a floresta em pé e a preservação da floresta deve estar associada ao seu uso inteligente por meio do conhecimento. Ou nós geramos uma civilização florestal moderna com a preservação dos direitos das populações tradicionais ou a história será implacável contra aquilo que é este patrimônio da humanidade”, complementou.

A programação do lançamento também foi marcada pela palestra "Belém, Biodiversidade, Direitos Indígenas: 30 anos Depois", proferida pelo pesquisador Charles Clement, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele participou da primeira edição do Congresso Internacional de Etnobiologia, realizada na capital paraense em 1988. Assim, ajudou na concepção e elaboração da Declaração de Belém, pensada por pesquisadores das ciências sociais e naturais, ambientalistas e representantes indígenas de 25 países que na época marcaram presença no congresso. Hoje, a Declaração de Belém norteia o trabalho dos pesquisadores em relação à garantia dos direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.

O Belém+30 é promovido pela Sociedade Internacional de Etnobiologia (ISE) e a Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE). Em Belém, a organização é da Universidade Federal do Pará (UFPA), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), em parceria com diversas outras instituições de ensino e pesquisa da região, incluindo a Sectet, a Universidade Estadual do Pará (Uepa) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

China, Quênia, Hungria, Tailândia, Estados Unidos, Holanda, México, Argentina, Portugal, Canadá, França, Equador, Tadjiquistão, Reino Unido, Suriname, Japão, Angola, Argentina, Nova Zelândia, Guiana Francesa, Finlândia, Chile, Peru, República Popular da China, Austrália, Paraguai, Alemanha, Polônia, Índia e República Guiana estão entre os mais de 45 países que já confirmaram presença no evento internacional.

Programação: A Feira Estadual de CT&I tem visitação gratuita e é aberta ao público de todas as idades. Na última edição, em 2017, a Feira atingiu mais de 15 mil visitantes. Para 2018, a expectativa é que este número se multiplique, tendo em vista que serão quatro eventos em um. Durante os quatro dias oficiais do evento, na capital paraense, o Belém+30 também vai oferecer ao público palestras, sessões acadêmicas, mesas de trabalho, sessão de pôsteres, minicursos e uma extensa programação artístico-cultural com apresentações de carimbó, lundu, marujada, guitarrada, capoeira, tambor de crioula, cordão de pássaros, bois, entre várias outras manifestações. O objetivo é proporcionar o intercâmbio e o fortalecimento da identidade cultural, a partir da diversidade dos grupos étnicos de várias partes do planeta.

 

Colm informações da Ascom/Belém+30