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Palestras conscientizam mulheres sobre o câncer de mama no Ophir Loyola

Em fase inicial, quando o tumor está localizado somente na mama, as chances de cura giram em torno de 90%

Por Leila Cruz (HOL)
20/10/2022 17h55

profisisonais orientam sobre o câncer de mamaDurante este mês, o Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em oncologia, promove ações referentes à “Campanha Outubro Rosa”, para alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Mais incidente nas mulheres, esse tipo de neoplasia maligna é caracterizada pela proliferação anormal das células anormais no seio, que origina um tumor capaz de invadir outros órgãos, a chamada metástase. Serviços, brindes e palestras são oferecidos para pacientes e acompanhantes, a fim de orientar sobre a doença, cuidados, tratamento e direitos dessas mulheres.

Atualmente, o Ophir Loyola tem mais de 900 pacientes em tratamento contra o câncer de mama. Em 2021, foram realizadas 5.737 consultas e 4.930 até o mês de setembro deste ano. No ano passado, o hospital realizou 376 cirurgias de mastectomia (retirada da mama),  e até setembro de 2020, 420 procedimentos cirúrgicos na área da mastologia.

serviços para pacientesMultifatorial, o câncer de mama tem diversas causas. Os principais fatores de risco são os comportamentais, os ambientais, hereditários, genéticos, hormonais e os históricos familiares e reprodutivos. Os fatores hereditários ocorrem quando dentro da família tem alguma mutação genética que aumenta o risco, especialmente nos genes BRCA 1 e 2. 

“Alguns desses fatores são modificáveis, como a má alimentação, a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e o alcoolismo. As chances de desenvolver a doença também aumentam quando essa mulher teve a primeira menstruação antes dos 12 anos, não teve filhos, apresentou menopausa após 55 anos e usou anticoncepcionais por um período prolongado e tem histórico de câncer na família”, esclareceu  coordenadora da Oncologia Clínica, Larissa Von Grapp.

Larissa Von Grapp_ oncologista“O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, a partir dos 50 anos. As mulheres mais jovens também podem ser acometidas, contudo corresponde a apenas 5% dos casos. É preciso ficar atenta aos sinais e aos sintomas, como caroço endurecido no seio, fixo e geralmente indolor, alterações no mamilo a exemplo de saída espontânea de secreção, pele da mama retraída, avermelhada ou parecida com casca de laranja. Em caso de algo suspeito, essa mulher deve procurar o posto de saúde”, completou a oncologista.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada dos 50 até aos 69 anos, a cada dois anos. Outras sociedades médicas recomendam a partir dos 40 anos, a cada ano. “Aquelas com histórico familiar de câncer de mama ou uma questão genética que aumenta o risco, vão precisar de um rastreamento diferente, mais precoce, como a ressonância das mamas. Geralmente, a ultrassonografia é associada à mamografia. A mamografia é o exame de rastreamento, mas a ultrassom é realizada associada especialmente nas mulheres mais jovens que têm as mamas mais densas”, esclareceu.

Maria Rita pacienteMoradora do bairro de Canudos, Maria Rita da Silva, 66 anos, faz tratamento desde de 2020 no Hospital Ophir Loyola. “Fazia o exame todos anos, mas certa vez esqueci de levar para o médico avaliar. No ano seguinte, fiz e foi detectado um nódulo, a biópsia confirmou o tumor. Durante meu tratamento, precisei retirar um quadrante (parte da mama) e fiz radioterapia também. Isso mexe muito com a autoestima da gente, só quem passa sabe. Encontrei forças nos profissionais do hospital e nos meus amigos. Hoje estou sem o câncer no organismo e fazendo o controle há dois anos. Mudei meu estilo de vida e comecei a fazer exercícios”, contou.

Em fase inicial, quando o tumor está localizado somente na mama, as chances de cura giram em torno de 90%. Porém, quando o tumor é descoberto em fase avançada, com comprometimento de gânglios ou já é metastático, as chances caem drasticamente. 

“A Campanha Outubro Rosa chama atenção justamente para essa mulher se cuidar, conhecer seu corpo e buscar ajuda médica caso encontre uma alteração suspeita. É um alerta para mudanças no estilo de vida e para realização dos exames de rastreamento, como a mamografia que é capaz de identificar lesões pré-malignas, ou seja, lesões  que se não forem tratadas podem desencadear o câncer no futuro”, concluiu.

A programação segue nesta sexta-feira (21) com orientações da ouvidoria, palestras sobre o uso racional dos medicamentos, cuidados e exercícios durante o tratamento de câncer de mama.  As ações encerram na próxima quarta-feira (26), quando será lançada a Campanha "Um Toque Pela Vida", para conscientizar sobre os principais cânceres que afetam os homens.