Casa da Gestante da Santa Casa garante serviço humanizado a pacientes de risco
Espaço oferece um ambiente acolhedor com sala, quartos, copa, cozinha, redário e área de lavanderia, com capacidade para até 10 pacientes
À espera da alta na Santa Casa, Eva Gonçalves com uma das gêmeas; a avô das crianças, amigas e profissionais de saúde Natural de Bragança, Eva Marques Gonçalves, estava na 29ª semana de gestação de gêmeas, quando apresentou complicações. Ela precisou ser transferida para a Fundação Santa Casa, em Belém, com urgência em agosto passado. Depois de um mês internada na enfermaria de alto risco do hospital, Eva ficou estável e foi uma das primeiras gestantes a se hospedar na Casa da Gestante da Santa Casa, como lembra a mãe dela, dona Sueli Marques.
"A Eva estava com uma infecção urinária bem avançada e com baixo líquido amniótico de uma das bebês quando chegamos ao hospital. Após 30 dias de internação ela teve alta, mas precisávamos dar continuidade ao tratamento. Como não tínhamos casa de parentes para ficar em Belém, tivemos o grande privilégio de ficar hospedadas na casa da gestante, uma extensão do hospital porém mais aconchegante e um sentimento de paz é o que sentíamos lá, com ela sendo cuidada por uma equipe maravilhosa de pessoas comprometidas com a vida de outros”, recorda Sueli.
Um dos espaços da Casa da Gestante da Santa Casa que cumpre a política de atenção humanizada à gravidez e ao parto Nove dias depois de ser hospedada na casa da gestante, Eva entrou em trabalho de parto e deu à luz às gêmeas Aurora e Helena. Aurora ainda precisou ficar alguns dias na UTI, mas no início de outubro mãe e filhas puderam voltar com saúde para casa.
De acordo com a enfermeira obstetra Francielma Pinheiro que gerencia a Casa da Gestante e todo o setor que recebe grávidas de alto risco e gestantes no pós - parto da maternidade, garantir experiências bem-sucedidas com a de Eva e as filhas é um dos objetivos da instalação da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera na Santa Casa. Uma iniciativa que vai ao encontro do que propõe a Rede Cegonha do Ministério da Saúde instituída, no ano de 2013, com a finalidade de estruturar em todo o país uma rede de cuidados voltada à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, entre outros objetivos.
“A maternidade da Santa Casa é uma referência para a gravidez de alto risco em todo o Estado e por isso investimos na estruturação desse espaço voltado a pacientes que necessitem de vigilância, mas sem a necessidade do cuidado hospitalar. Assim, a casa oferece uma segurança para esse paciente, por contar com uma equipe multiprofissional muito qualificada para o atendimento e estar dentro das instalações da Santa Casa, facilitando o acesso a estrutura hospitalar, se houver necessidade, para que o desfecho da estadia desse paciente ocorra da melhor forma possível”, ressalta a enfermeira.
A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera é um espaço que oferece um ambiente acolhedor, com sala, quartos, copa, cozinha, redário e área de lavanderia. A capacidade é para até 10 pacientes, entre mulheres grávidas e no pós parto e recém nascidos, que estejam em situação de risco, sejam eles sociais ou físicos.
A equipe multiprofissional de atendimento aos hóspedes da casa conta com enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.
Texto de Etiene Andrade / Ascom Santa Casa