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Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo celebra sete anos de serviços de saúde

Unidade tem 89 leitos e especialidades de oncopediatria, pediatria clínica, anestesia pediátrica, neurocirurgia, ortopedia, cardiologia, entre outras

Por Governo do Pará (SECOM)
12/10/2022 15h12

Crianças assistidas pelo Oncológico Infantil Octávio Lobo se divertem em oficina de pintura neste Dia das Crianças (12)Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) comemora, nesta quarta-feira(12), sete anos de fundação. A inauguração em 2015 fez da instituição de saúde o primeiro hospital público da região amazônica a oferecer tratamento especializado contra o câncer em crianças e adolescentes, um marco na saúde pública paraense. Hoje, o hospital atende pacientes dos 144 municípios paraenses e, ainda, de estados vizinhos. 

De julho a setembro deste ano, o Hoiol realizou mais de 107 mil atendimentos, entre os quais 59.844 exames, 29.924 serviços de apoio multiprofissional, 9.489 assistências ambulatoriais, sessões de hemoterapia, quimioterapia e radioterapia, 7.445 consultas ambulatoriais e 1.195 procedimentos cirúrgicos. Com 89 leitos, a unidade oferta as especialidades de oncopediatria, pediatria clínica, anestesia pediátrica, neurocirurgia, ortopedia, cardiologia, cirurgia torácica, endocrinologia, otorrinolaringologia e oftalmologia, para atender os principais cânceres que acometem a faixa etária de 0 a 19 anos.

Profissionais de saúde entraram no clima de descontração do grupo de robôs dançarinos que estiveram na unidade hospitalar"Asseguramos aos nossos usuários um serviço de alta resolutividade no controle do câncer, e, por meio de nossa equipe multiprofissional, buscamos assistir esses pacientes de uma forma  holística, tratar não somente o corpo, mas a mente e o espírito para que eles possam  ter uma recuperação mais rápida e uma melhor qualidade de vida. Todos os dias a nossa missão é colocada em prática, que é cuidá-los de maneira humanizada, com excelência organizacional. Aqui, o carinho e a preocupação com o bem-estar de nossas crianças são os nossos diferenciais”, destacou a diretora-geral, Ana Paula Borges.

O nome do hospital é uma homenagem ao médico Octávio Augusto Pereira Lobo, nascido em Belém, em 23 de setembro de 1920. Ele se formou em medicina pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, em 1944. Fez residência médica em Radiologia e Radioterapia no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, em 1945. Após, Octávio Lobo trouxe para Belém um equipamento de radioterapia, o primeiro da cidade, adquirido por ele a partir da venda de um carro que ganhara do pai.

Os robôs visitaram as dependências do OncológicoOctávio Lobo morreu no dia 29 de abril de 1994, aos 74 anos, de infarto do miocárdio, na capital paraense, onde foi sepultado. Ele é considerado um médico de vanguarda, à frente do seu tempo. Octávio trouxe para o Pará tecnologias médicas de forma pioneira como equipamento de raios-x, tomografia computadorizada, entre outros.

O médico deixou o legado de como ser um bom profissional e influenciou toda uma geração. Por sua relevância na história da medicina paraense, ele foi consagrado durante a criação da Unacon Hoiol,  uma unidade referência não somente no diagnóstico, mas também no tratamento do câncer pediátrico.Em Belém, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo

Programações lúdicas festejam a Semana da Criança e fundação do Hoiol

A comemoração em alusão à Semana das Crianças e ao aniversário do Hospital iniciou ontem (11), organizada pela Humanização com o apoio do Grupo de Voluntariado do hospital, e seguirá até a próxima sexta-feira (14). Os pacientes tiveram um dia especial, dedicado à celebração da infância, etapa marcante do desenvolvimento, com brincadeiras e apresentações e distribuição de presentes.

A apresentação do Anime Fest Futuristic levou robôs dançarinos que fizeram a alegria do público infantojuvenil e quebraram com a rotina hospitalar. Eles visitaram todos os andares de internação, inclusive a Unidade de Terapia Intensiva. Um momento de alívio do estresse para quem passa por um longo período de hospitalização e para quem lida com situações limites.

“Essas ações humanizadas são extremamente significativas, não só para nossos pacientes, familiares que os acompanham, mas também para nossa equipe que atua sob tensão num ambiente de cuidado intensivo, por conta da gravidade de nossos usuários. Essas ações aliviam não só o estresse do dia a dia, vemos como um apoio e um cuidado. É como se dissessem, ‘estamos aqui por vocês’. Então podemos viver um outro tipo de realidade e fazer nosso ambiente se tornar mais leve. Isso reflete positivamente na melhora das nossas crianças e adolescentes”, destacou Ivina Saliba, médica intensivista

O Paysandu Sport Club também marcou presença com o mascote Lobo Mau, que de mau só trouxe o nome, pois fez um bem tremendo para quem enfrenta o câncer. A Associação de Pais e Mestres do Colégio Militar de Belém, em parceria com a instituição de ensino, distribuiu brinquedos.

Moradora do município de Santa Izabel do Pará, Leiliane Reis, 33 anos, acompanha Levi Reis, de 3 anos. O menino está internado desde sábado e passa por exames para investigar uma massa que apareceu no rim dele. “As brincadeiras desestressam as crianças, elas estão internadas e não sabem o que está acontecendo, só querem ir pra casa ver a família, os irmão. Enquanto mãe, compreendo que tudo que é feito com carinho pelo hospital é para distrair as crianças e promover o bem-estar dos nossos filhos. Sou grata por essa atenção”, disse.

Já o Grupo "Mãos que Ajudam'' entregou toucas de crochê para aquecer as crianças do frio durante a noite. Nesta quarta-feira (12), a programação teve oficinas de pintura na brinquedoteca, entrega de brinquedos e de Kit Escolar nas enfermarias pelos voluntários da Igreja Angelim e da Comissão de Jovens Advogados , da OAB-PA.

A terapeuta ocupacional, Carla Lira, destaca a importância das ações para a saúde emocional dos pacientes. “Sempre incentivamos os nossos usuários a saírem um pouco do leito, porém eles ficam um pouco relutantes, afinal tiveram um rompimento brusco com a rotina, a qual estavam acostumados, devido ao adoecimento. Mas, quando existe a agitação, a música, eles ficam mais ativos, interagem, brincam e dançam. Esse resgate daquilo que eles vivenciam lá fora, traz a ludicidade e libera memórias afetivas”, disse.

Amanhã (13), a programação terá continuidade com “O Reino Encantado do Oncológico Infantil”, para que a diretoria celebre, junto aos colaboradores, o sétimo ano de existência da instituição de saúde e a excelência no tratamento do câncer infantojuvenil.

Texto de Leila Cruz / Ascom Hoiol