Igreja apresenta manto que cobre a Imagem Peregrina no retorno da festividade
A imagem da Rosa Mística, símbolo central da peça, se desdobra em pétalas de amor e presença
Criado por Aline Folha e confeccionado por Stela Rocha, o manto do 230º Círio marca o retorno da romaria às ruas O manto da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré nos eventos da 230ª edição do Círio foi apresentado na noite desta quinta-feira (06), após a missa das 18 h, na Basílica Santuário de Nazaré, em Belém. O momento foi de emoção e graças para os fiéis que acompanharam a celebração pelo arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira.
"Quero que todos se revistam com o manto de Nossa Senhora de Nazaré nesta noite. Quero que todos, depois, reflitam sobre os temas e características do manto e de Maria. Peço para que vocês também se lembrem que o Círio é caridade, Círio é da família, é ajuda mútua. Que todos se revistam como o manto, que é a palavra de Deus", enfatizou o arcebispo. 
O arcebispo Dom Alberto Taveira lembrou que o Círio é caridade, é da família, é ajuda mútua
Bênção e emoção - Este ano, o manto foi desenhado pela ilustradora Aline Folha e confeccionado pela estilista Stela Rocha. Os trabalhos começaram ainda em março. Os responsáveis pela peça, estilista e designer, são sempre escolhidos pelo casal coordenador da Festividade de Nazaré.
"A expectativa sempre é grande, mas este ano foi maior ainda, especialmente por causa de dois anos sem Círio devido à pandemia. Então, é um louvor muito grande para Nossa Senhora de Nazaré. Foi uma emoção muito grande. Para mim foi uma bênção e uma emoção enorme ter confeccionado este manto. É uma honraria sem tamanho este momento", declarou Stela Rocha, após a apresentação.
A Basílica Santuário de Nazaré voltou a ficar lotada de devotos para a apresentação do manto da Imagem Peregrina
O manto traz a Rosa Mística e o Lírio Mimoso representando a ternura de Nossa Senhora. Na parte posterior o símbolo central é a Rosa Mística, contornada por 12 estrelas que lembram os 12 Apóstolos do Cordeiro. A Rosa se desdobra em pétalas de amor e presença, como Maria, chamada Rosa Mística na Ladainha.
A peça tradicional não tem apenas a atribuição de cobrir a imagem da padroeira dos paraenses. Várias exigências precisam ser cumpridas, como sua ornamentação, que precisa estar de acordo com o tema do Círio, assim como as cores, os adereços e os desenhos, que passam uma mensagem ao público.
A parte posterior traz como símbolo a Rosa Mística, contornada por estrelas que lembram os 12 Apóstolos
Investimentos - Presidente do Banco do Estado do Pará (Banpará), Ruth Méllo acompanhou a apresentação do manto na Basílica Santuário e destacou a importância de o Estado apoiar a festividade religiosa. "O Banpará, como parceiro do Estado e patrocinador oficial do Círio, está presente na apresentação do manto de Nossa Senhora, que vai nos cobrir, nos proteger e conduzir ao longo do ano. Desejo um feliz Círio a todos", disse Ruth Méllo.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o Pará deve receber cerca de 50 mil turistas para o Círio de Nazaré. A movimentação deve injetar US$ 19 milhões (quase R$ 100 milhões) na economia, informou o titular da Setur, André Dias. Para isso, a pasta investiu em infraestrutura de turismo nos segmentos que atuam direta e indiretamente com a grande festa religiosa. 
Acolhimento - "A Secretaria de Turismo do Estado vem estudando desde o início do ano as melhores condições para receber os turistas para a Festividade de Nazaré, nos principais pontos de acesso à cidade de Belém, com ações de apoio no decorrer das estradas estaduais para acolher o peregrino que vem rumo à Basílica Santuário, além de reuniões de planejamento com o setor hoteleiro, como também os que atuam de forma direta com o segmento do turismo na região, para proporcionarmos aos visitantes a mais proveitosa passagem pelo Estado do Pará para viver o Círio de Nazaré”, destacou André Dias.
O Círio de Nazaré reúne cerca de 2 milhões de pessoas na sua principal procissão, no segundo domingo de outubro. Entretanto, a festividade possui elementos que remetem aos ritos da Igreja e às manifestações culturais, que transformam pelas cores, aromas e sabores o cotidiano da capital paraense durante 15 dias.
