Funcionários e pacientes do Ophir Loyola aguardam a Romaria do Traslado
Seu Celso Lima, de 64 anos, não vê a hora do reencontro mais esperado do ano chegar: ver a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré nas ruas, outra vez. Ansioso, o morador de Bragança, que está internado para fazer tratamento contra um câncer de próstata, no Hospital Ophir Loyola, diz que crê na cura. “Se não fosse por ela, não estaria vivo. Ela que me operou, fiz a promessa que se eu for curado, todo ano estarei ao lado dela. Não sei o que seria de mim sem a fé que tenho nela, a minha mãe, Nossa Senhora de Nazaré”, declarou.
Começa no mês de julho o planejamento para o dia de receber as bênçãos de Nossa Senhora de Nazaré durante a parada da Romaria do Traslado, na próxima sexta-feira, no Hospital Ophir Loyola. “É uma grande honra tê-la na porta desta instituição, que é a casa de tantos profissionais da saúde e do cuidado. Nos orgulhamos de compartilhar do respeito e da admiração a todos aqueles que fazem desta uma das maiores manifestações religiosas do mundo”, afirmou a diretora-geral do HOL, Ivete Vaz.
Para servidores e pacientes do hospital, que é referência no tratamento contra o câncer no Pará, este momento significa a renovação da fé e da esperança. Em 2022, a tradicional passagem da Santa será ainda mais especial.
“A parada será um dia após o aniversário de 110 anos do Hospital Ophir Loyola , portanto, nossa alegria é em dobro. Para nós, este é um momento em que proporcionamos aos pacientes vivenciar os festejos do Círio de Nazaré mesmo que em um pequeno momento, podendo receber as bênçãos da Virgem. Significa superação pelos que venceram o câncer e a covid agradecendo pelo dom da vida”, reforça Sildete Cruz, organizadora da programação.
Serão montadas duas arquibancadas com capacidade para 120 pessoas, dentre os quais pacientes internados e acompanhantes, assim como espaço reservado para as crianças do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo. Na ocasião, a imagem é retirada da berlinda e conduzida pelo arcebispo até os pacientes.
Para ajudar neste acesso, os voluntários da Guarda do Hospital Ophir Loyola, são os que levam os pacientes dos leitos até as arquibancadas e fazem o cordão de isolamento para a segurança dos devotos.
“Viemos de dois anos muito difíceis, então, acho que vai ser muito diferente sim! Foi pra ela que a gente pediu que intercedesse diante de Jesus por nós, pra que a gente continuasse vivendo. É algo que toca o meu coração. Receber a mãe do meu Senhor é muito especial”, destaca Márcia Nunes, terapeuta Ocupacional e voluntária da Guarda.