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SEGURANÇA ALIMENTAR

Vigilância Sanitária alerta sobre consumo de alimentos de origem duvidosa

Sespa observa os critérios de higiene que podem evitar as chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) ou a intoxicação alimentar

Por Caroliny Pinho (SESPA)
05/10/2022 13h46

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio da Vigilância Sanitária (Visa), alerta a população sobre o consumo de alimentos de origem duvidosa, principalmente, durante as festividades da quadra nazarena.

Alimentos preparados sem supervisão e que não obedecem aos critérios de higiene podem provocar as chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) ou intoxicação alimentar provocadas por bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas intestinais ou substâncias químicas. A Sespa observa que já se considera "o surto" a partir de duas pessoas com sinais e sintomas semelhantes, após a ingestão de alimentos ou água da mesma origem. 

O trabalho da Visa é realizar o controle sanitário que abrange ações para eliminar, reduzir ou evitar riscos que são associados ao consumo dos alimentos. “O controle sanitário de alimentos é uma atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS). A atuação da Visa é prevenir e minimizar o risco à saúde da população envolvida em eventos de massa, como no caso do Círio de Nossa Senhora de Nazaré", explica Mílvea Carneiro, diretora da Visa Estadual.

"A ação de fiscalização dos serviços de alimentação é de competência dos municípios com a coordenação do Estado, na qual será priorizada a fiscalização para o cumprimento das boas práticas na manipulação dos alimentos para evitar risco de doenças transmitidas através dos alimentos”, seguiu Mílvea Carneiro.

Saiba como se prevenir de Doenças Transmitidas por Alimentos:
• Comer em estabelecimentos que possuam licença da Vigilância Sanitária;
• Higienizar as mãos, antes de pegar alimentos ou comer, após ir ao banheiro e sempre que se fizer necessário;
• Se não tiver certeza da qualidade da água, dar preferência as águas envasadas (água mineral e/ou adicionada de sais);
• No consumo de lanches, preferencialmente, optar pelos molhos em saches;
• Usar talheres descartáveis; 
• Evitar pratos que contêm ovos crus ou mal cozidos, como gemadas, ovos fritos moles e maionese caseira; 
• Observar a conservação dos alimentos prontos, sendo que pratos quentes devem ser mantidos em temperaturas acima dos 60°C, em balcões térmicos ou outro equipamento que o mantenha aquecido e só devem ser consumidos até 6h de exposição. Alimentos prontos frios devem ser mantidos refrigerados (abaixo de 5°C).

Também é importante observar se os alimentos foram colocados em lugares limpos ou sujos e estão próximos a fossas ou esgotos, já que isso interfere na condição de segurança deles. Além disso é necessário tomar cuidado para que o alimento não fique exposto a roedores ou insetos como moscas e baratas e observar, na hora de comer, se o cheiro e/ou paladar estão característicos. Se houver qualquer alteração, o alimento deve ser rejeitado.

“É importante ressaltar que qualquer pessoa está sujeita as doenças de veiculação hídrica e alimentar, porém as crianças, os idosos e os imunodeprimidos são mais susceptíveis, inclusive de ter quadros mais graves destas doenças. Em relação aos sinais e sintomas, estes não são específicos, os mais comuns são: náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, falta de apetite e febre, dentre outros.  Além da possibilidade de atingirem o fígado, com hepatite A, e as terminações nervosas periféricas através do botulismo”, afirma a Dorilea Pantoja, nutricionista e fiscal sanitária da Divisão de Produtos do Departamento de Vigilância Sanitária da Sespa.

De acordo com a Sespa, em caso de suspeita de DTA's, é fundamental procurar ajuda médica imediata, pois algumas doenças transmitidas por alimentos podem, se não tratadas adequadamente, levar à morte. Os registros de episódios de DTA’s são importantes para o planejamento das estratégias de prevenção destas doenças.