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SAÚDE PÚBLICA

Abelardo Santos adota cadeira de PVC para reabilitar pacientes na UTI

Econômicas e criativas, as cadeiras dão maior comodidade, contribuem para recuperação e redução do tempo de internação

Por Governo do Pará (SECOM)
22/06/2022 13h08

Equipe acompanha paciente internada na Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com uso da cadeira de PVCEquipe acompanha paciente internada na Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com uso da cadeira de PVCFoto: DivulgaçãoProduzidas de forma rápida e com material de baixo custo, cadeiras feitas de tubo de PVC, passam a ser uma aliada na recuperação dos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, distrito de Belém. O método está sendo usado para ajudar o usuário na sedestação à beira leito, ou seja, ficar na posição sentada para o controle do tronco para que ele possa, novamente, ficar em pé, principalmente, quando permanecer por longos período internado.

A iniciativa do Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em parceria com o Instituto Mais Saúde, que administra a unidade, foi desenvolvido de maneira experimental no mês passado. Com resultados positivos em 15 pacientes, agora, em junho, o projeto passará a ter, ao menos, cinco unidades das cadeiras de reabilitação. Entre os benefícios do uso das cadeiras, está, ainda, a redução do tempo de internação, através da prática fisioterapêutica realizada por meio da mobilização precoce.

“Essa cadeira facilita com que o paciente que não tenha condições de sair do leito - em função de fraqueza muscular generalizada  - possa ficar na posição sentada, à beira do leito. Dessa forma, ele otimiza as funções do pulmão para que o controle hemodinâmico possa melhorar, assim como, estimular o nível de consciência”, explicou Axell Lins, coordenador do serviço de fisioterapia do HRAS.

As cadeiras são feitas pela equipe de manutenção da unidade, com o auxílio de engenheiros As cadeiras são feitas pela equipe de manutenção da unidade, com o auxílio de engenheiros Foto: DivulgaçãoPara fazer uso desses equipamentos, o paciente na UTI pode estar intubado ou não. Eles são avaliados pela equipe multiprofissional, para ter a segurança que eles possam permanecer na posição sentada. “Na cadeira, o paciente consegue estimular o controle do tronco e do pescoço, ainda mantém um padrão respiratório, devido a posição do diafragma. Observamos que a posição sedestada melhora o nível de consciência”, enfatizou Axell Lins.

Produção -  Chamado também de Dispositivo Auxiliar de Sedestação Beira Leito, o equipamento é feito de material leve e resistente, com estrutura de cadeira sem a parte do assento. Com a produção de custo relativamente baixo, o utensílio é produzido na própria unidade, e, em média, sai por R$300. “A fisioterapia nos passa a demanda e, inicialmente, fizemos uma como protótipo, agora, em seguida, estamos na produção de mais quatro”, disse o engenheiro do HRAS, Vinicius Carvalho.

A coordenadora das UTIs, Karla Luz, também destaca a importância do equipamento para o setor. “A cadeira de PVC ajuda o paciente na sedestação à beira leito, em seu controle de tronco. Caso o paciente esteja intubado, favorece o desmame da ventilação mecânica. Além disso, os exercícios auxiliam não apenas na respiração, como também, na recuperação do paciente para atividades da vida diária”, disse.

Sem o equipamento, seriam necessários dois ou mais profissionais para auxiliar o paciente na realização das terapias e das condutas hospitalares, com o intuito de reduzir os riscos de complicação, em função de longos períodos na mesma posição.

Infraestrutura - A estrutura de internação hospitalar do HRAS conta com 340 leitos, destes, 250 clínicos e cirúrgicos e 90 leitos em Unidades de Terapia e Cuidados Intensivos (UTI e UCI).

“As cadeiras, consideradas de baixo valor e criativas, têm o intuito de oferecer mais comodidade aos pacientes que estão na UTI. Além da melhora na recuperação, o equipamento também permite a redução do tempo de internação. Vale ressaltar que elas são feitas pela própria equipe de manutenção da unidade, com o auxílio de engenheiros para manter o máximo possível de segurança do paciente”, detalhou Marcos Silveira, diretor executivo do Abelardo Santos.