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SEGURANÇA E CIDADANIA

Em Santarém, Seaster garante proteção e acolhimento às mulheres

Por meio da secretaria, o Governo do Pará mantém quatro abrigos estaduais para vítimas de violência, com ou sem filhos

Por Camila Santos (SEASTER)
21/06/2022 16h03

Com o intuito de prestar um serviço de proteção social destinado ao acolhimento institucional e provisório para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), mantém quatro abrigos estaduais para mulheres vítimas de violência.

Os espaços são como um refúgio às vítimas e têm o objetivo de garantir a proteção integral e acolhimento provisório para mulheres adultas, acompanhadas ou não de seus filhos menores, que estejam em situação de risco de morte ou ameaças em razão de violência doméstica e familiar.

Nesta terça-feira, 21, o abrigo de Santarém completa 10 anos de funcionamento. A localização é sigilosa a fim de garantir a segurança das mulheres que passam pelo local.  Atualmente o espaço abriga somente uma mulher. 

Rosileide Lima é gerente do abrigo de mulheres em Santarém. Ela reforça que ao longos desses 10 anos, as usuárias do serviço receberam continuamente atendimentos especializados, através de uma equipe multiprofissional. 

As mulheres são encaminhadas por meio das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher, as 'Deams', e só deixam o local com as medidas judiciais que garantem a sua integridade. O prazo de acolhimento pode ser estendido por 90 dias ou mais, dependendo do caso. 

“O nosso trabalho funciona 24 horas. Através dos encaminhamentos da Delegacia da Mulher, elas chegam aqui e recebem o apoio que vai desde a segurança, até o atendimento psicológico e social. Contamos com as monitoras, assistentes sociais, psicólogas, pedagogas, vigilantes, cozinheiras e monitoras, uma equipe toda formada por mulheres. Além do atendimento psicossocial nós também ajudamos a viabilizar documentos e atendimentos médicos”.

Além dos serviços básicos, as equipes multidisciplinares proporcionam um atendimento personalizado e articulado com a rede de serviços socioassistenciais, mas também com as demais políticas públicas e do sistema de justiça e garantia de direitos. 

“Elas não tem um lugar seguro pra ficar. Muitas delas já vem sofrendo há anos aquela violência. Então elas tomam a iniciativa de sair daquela situação e ir atrás da denúncia. Aqui elas se sentem protegidas e recebem todo o apoio para que a partir de então possam viver um recomeço, uma nova história de vida”, reforçou a gerente. 

No Pará, as unidades estão localizadas em Belém, Santarém, Altamira e Marabá. A demanda prioritária é constituída por mulheres oriundas dos municípios paraenses, onde não há cobertura de abrigos desta natureza.

Além do psicossocial, as acolhidas participam de atividades de convívio, momentos recreativos, lúdicos, e culturais. Mediante as necessidades, a  Seaster ainda viabiliza a compra de passagens intermunicipais e interestaduais.

“O atendimento psicológico aparece como uma das intervenções relevantes nas políticas públicas no enfrentamento à violência, garantindo um atendimento especializado com o objetivo de fazer o resgate da autoestima, dos desejos, as vontades que ficaram anuladas durante o período que viveram a violência”, pontua Isarina paixão, psicóloga.

Os espaços ainda incentivam o empoderamento das mulheres, o fortalecimento da auto estima  e o exercício da cidadania.

“Parabenizo pelo trabalho desenvolvido, por essa parceria que nós fizemos. O trabalho realizado é fundamental para a nossa rede de proteção. Parabéns pelo trabalho desenvolvido e pelos 10 anos de funcionamento”, concluiu Andreza Souza, titular da Deam de Santarém.