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Cine Líbero Luxardo, em Belém, exalta o cinema brasileiro

Mostra comemorativa do cinema está programada para os dias 07 e 13 de julho, com entrada franca

Por Dayane Baía (ARCON)
18/06/2022 16h00

Neste domingo (19)  é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro em alusão à primeira vez em que foram feitas imagens a partir da tecnologia do cinematógrafo no Brasil, em 1898, capturando o cenário da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

No Pará, um equipamento cultural que fortalece o cinema nacional é o Cine Líbero Luxardo, sala de projeção vinculada à Fundação Cultural do Estado do Pará, foi criado em 1986. Tem como ação estratégica principal, promover a difusão do cinema por meio da exibição de produções nacionais e estrangeiras, desenvolvendo políticas de circulação e acesso aos bens culturais de ordem audiovisual em Belém.

Ponto de encontro para os amantes de sétima arte, o Líbero tem capacidade para 90 pessoas, sendo 86 lugares e quatro espaços para cadeirantes.

“Ao longo de sua história, diversos títulos foram exibidos no cinema do Centur (como o Cine Líbero Luxardo é carinhosamente chamado por seu público), bem como realizou e vem realizando projetos e mostras em torno da produção cinematográfica nacional de modo frequente ao longo desses 36 anos de atuação. De olho no que vem sendo produzido na atualidade, mas sem esquecer do papel de valorizar aspectos da história de nossa cinematografia, o Cine Líbero vem tentando cumprir essa missão com afinco, apesar das dificuldades, seja de acesso aos filmes, seja na formação de plateia”, afirma João Cirilo, técnico em gestão cultural do cinema Líbero Luxardo.

Gabriel Leite é um dos frequentadores da sala de cinema há cerca de sete anos. “Já vi vários filmes nacionais na sala e com certeza o meu contato com o cinema feito no Brasil se ampliou muito depois que me tornei frequentador da sala, já que o espaço que eles dão ao cinema brasileiro é muito maior, do que em qualquer outra sala da cidade e até mesmo maior do que o espaço que muitas plataformas de streaming dão para esse tipo de cinema”, comenta Gabriel.

A escolha dos filmes ocorre tanto pela procura de empresas quanto pela própria administração, considerando a demanda do público. “Quando impulsionados pela pressão de nosso público ou dada a importância e reconhecimento que determinada obra vem obtendo em mostras e festivais pelo mundo afora, nosso programador entra em contato com a distribuidora para tentar exibir aquele determinado título no Líbero, o que nem sempre é correspondido, infelizmente. Há filmes que a gente não consegue exibir, seja por falta de espaço na pauta, seja pelo desinteresse de algumas distribuidoras em exibir o filme em nossa sala, já que nem sempre somos uma sala vantajosa, do ponto de vista econômico, dado o nosso valor acessível de ingresso (12 reais, a inteira)”, explica João.

Desde o retorno gradual pós interrupção das atividades, o cinema tem sido procurado para exibição e lançamento de obras.

“Boa parte deste material exibido foi criada durante a pandemia, impulsionada por leis de incentivo, emergenciais, como a Aldir Blanc, por exemplo. A quantidade de material que exibimos foi tão representativa e tantos são os títulos que ainda procuram espaço de exibição, que decidimos reunir na mostra de comemoração dos 36 anos do Cine Líbero Luxardo algumas dessas obras, além de realizar o lançamento de filmes bem interessantes, com a possibilidade de promover bate-papos entre esses fazedores audiovisuais e o público”, anuncia João. A programação está prevista para os dias 07 e 13 de julho, com entrada franca. 

A notícia anima o público que terá oportunidade de conhecer trabalhos fora do circuito comercial. “Eu acredito que valorizar o cinema nacional, assim como o cinema na Amazônia, é valorizar a nós mesmos, já que o cinema possui uma capacidade extremamente potente de representar nossas identidades. Ver narrativas como as nossas nas telas de cinema é muito importante para entendermos não só quem somos como o que nos atinge. E acho que o Cine Líbero Luxardo tem a importância histórica de ser quem cede esse espaço para os belenenses. Um espaço para filmes brasileiros incríveis, mas que por questões mercadológicas são muito negligenciados por grandes salas de cinema. É um espaço comprometido com a diversidade e com a possibilidade”, avalia Gabriel.