Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
PRESERVAÇÃO

Ideflor-Bio realiza soltura de 50 filhotes de tartaruga marinha no Monumento Natural do Atalaia

A soltura das espécies corresponde a um dos três ninhos monitorados na área da (UC) pelo IDEFLOR-Bio e parceiros

Por Aldirene Gama (SEDEME)
18/06/2022 11h25

Cerca de 50 filhotes de tartarugas marinhas foram soltas na manhã deste sábado (18), na Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia (MoNa Atalaia), na área conhecida como Ponta da Sofia, no município de Salinópolis, nordeste paraense. A ação  foi uma  parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade-Ideflor-Bio, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMASAL), Projeto Suaranã e comunidade local.

Os filhotes soltos são da espécie Lepidochelys olivácea, conhecida como tartaruga oliva, ameaçada de extinção. A soltura das espécies corresponde a um dos três ninhos monitorados na área da (UC) pelo IDEFLOR-Bio e parceiros. 

O Monumento Natural Atalaia possui uma área de 256,58 hectares, e é formado pelo lago da Coca-Cola e lagos no entorno, dunas fixas e móveis, vegetação de restinga e manguezal. A área faz parte da categoria de manejo Monumento Natural e foi criada pelo Decreto estadual Nº 2.077, de maio de 2018. O monumento começa no limite do segundo acesso ao Atalaia.  

Técnicos do IDEFLOR-Bio e demais parceiros  realizam o monitoramento e fiscalização desde o início do processo da desova das tartarugas, iniciado no último mês de abril, o período de incubação dos ovos é de aproximadamente 45 a 60 dias. 

O trabalho de monitoramento consiste na demarcação da área de postura, para evitar a circulação de banhistas, veículos, predadores naturais e outros fatores que possam interferir na reprodução das espécies. Em alguns casos os ninhos chegam a ser removidos para local seguro, e isso ocorre quando a desova é realizada  em ninho próximo da faixa do mar, e podem ser alcançados pela maré alta. 

A diretora de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação do IDEFLOR-Bio, Socorro Almeida, reforça que o monitoramento é imprescindível para proteger os animais de fatores ambientais e predatórios, garantindo a sobrevivência de uma maior quantidade de indivíduos.

“O Instituto é o responsável pelo monitoramento durante esse período reprodutivo, então, após a eclosão dos ovos os filhotes são levados para local seguro, nossos técnicos e parceiros realizam a contagem, monitoramento e soltura. Todas as parcerias são imprescindíveis nesse momento. Essa cova tinha um pouco mais de 50 ovos, mas temos uma cova de 280 ovos, de espécie ainda não identificada, e cujos filhotes devem começar a sair também nos próximos dias. Estamos vigilantes e pedimos a colaboração de todos para que as espécies sejam preservadas, e o cuidado vem de várias formas. Chamamos atenção principalmente à compreensão dos visitantes para respeitarem os locais de desova e para as ações que o Ideflor-Bio realiza para resguardar os ovos já depositados, bem como resguardar que a subida das tartarugas para desovar sejam seguras”, reforçou a diretora.

 A presidente do IDEFLOR-Bio, Karla Bengtson, reforça o compromisso da instituição com a preservação  da biodiversidade, e destaca que além do trabalho de monitoramento, que contribui para preservação dos ninhos e nascimentos dos filhotes, os  técnicos  do IDEFLOR-Bio realizam também  ações de educação ambiental junto às comunidades do entorno da área de proteção ambiental.

“A comunidade local e as instituições parceiras são os nossos principais aliados para a preservação e conservação das espécies ameaçadas de extinção Os filhotes que foram soltos representam uma grande esperança para perpetuação da espécie", disse a presidente do IDEFLOR-Bio.

As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil estão ameaçadas de extinção, segundo critérios do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de extinção (ICMBio/MMA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN): tartaruga-cabeçuda (Caretta),  tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).