Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

Hospital Jean Bitar avança nos procedimentos cirúrgicos relacionados à otorrinolaringologia

O total de cirurgias realizadas até maio deste ano já corresponde a quase 90% das que foram feitas no ano anterior

Por Roberta Vilanova (SESPA)
16/06/2022 12h46

Hospital Jean Bitar realiza cerca de 70 cirurgias otorrinolaringológicas por mêsO Hospital Jean Bitar (HJB) avança no serviço de cirurgia otorrinolaringológica, realizando cerca de 70 procedimentos cirúrgicos por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço começou a funcionar em outubro de 2020, em plena pandemia de covid-19, o que reduziu o número de cirurgias nesse período.

Desde o início do serviço já foram realizados 656 procedimentos cirúrgicos, dos quais 300 em 2022. Os principais procedimentos são amigdalectomia, adenoidectomia, adenoamigdalectomia septoplastia para correção de desvio, turbinectomia, frenectomia e uvulopalato-faringoplastia.

Segundo a enfermeira e gerente assistencial do HJB, Alexandra do Carmo, alguns pacientes fazem mais de um procedimento cirúrgico no mesmo ato, conforme indicação médica. “Os pacientes são convocados e acomodados em leitos cirúrgicos conforme a disponibilidade de leitos”, informou.

Ela disse, ainda, que a maioria dos pacientes é menor de dez anos de idade, pois essa é a faixa etária que mais demanda cirurgia nessa especialidade. “O processo de internação também é rápido. O paciente é internado de manhã cedo, faz a cirurgia e já recebe alta no dia seguinte. Às vezes, o médico consegue dar alta para o paciente em menos de 24 horas”, acrescentou.

Depoimento - O paciente Lucas Teixeira Mascarenhas, de 18 anos, passou por cirurgia de septoplastia na manhã da última segunda-feira (13) e já estava se recuperando para em breve receber a alta hospitalar.

O procedimento visa à correção cirúrgica das porções ósseas e cartilaginosas desviadas do septo nasal, melhorando a passagem de ar pelas narinas.

A mãe do Lucas, Luciane Teixeira Coelho, disse que correu tudo bem durante o procedimento. “Ele já está se recuperando e o atendimento aqui foi excelente. Está correndo tudo bem, tudo tranquilo, graças a Deus”, disse, satisfeita.Alexandra do Carmo, enfermeira e gerente assistencial do HJB

Fluxo de atendimento - Conforme o médico otorrinolaringologista, Guilherme Machado, coordenador da da equipe cirúrgica de Otorrinolaringologia do HJB e  também da equipe da especialidade na Policlínica Metropolitana, esses serviços funcionam de forma integrada, assegurando um fluxo em que o paciente tem a consulta clínica e a cirurgia feitas pela mesma equipe médica. “Todos os médicos otorrinos da equipe, que opera no Jean Bitar, também atuam na Policlínica Metropolitana. E para ser operado, o paciente, obrigatoriamente, tem que ter feito uma avaliação com um de nossos médicos otorrinos na Policlínica Metropolitana de Belém”, afirmou.

Para chegar à Policlínica, o paciente precisa ter consulta agendada pela unidade de saúde via sistema de regulação ambulatorial. É na consulta clínica que o médico detecta se tem ou não indicação cirúrgica. Se for preciso cirurgia são solicitados os exames pré-operatórios.

A Policlínica tem o pré-operatório rápido, o que facilita o processo para o usuário do SUS. “O paciente chega de manhã cedo, faz todos os exames, cujos resultados saem em poucas horas, e, posteriormente, já passa com cardiologista e com anestesista, se tudo correr bem e, dependendo do fluxo de agenda, ele consegue voltar com otorrinolaringologista no mesmo dia”, explicou Guilherme Machado. De acordo com o médico, quando não é possível no mesmo dia, é marcada uma consulta de retorno, numa agenda específica só de pré-operatório. Depois que o paciente passa com o especialista e está tudo certo para cirurgia, ele recebe uma guia de internação para dar entrada no Jean Bittar. “Dessa forma, a gente consegue diminuir o tempo de espera desse paciente pelo procedimento”, ressaltou.

O especialista Guilherme Machado e sua equipe comemoram a evolução do Serviço no HJB, que começou bem devagar, em outubro de 2020, e, aos poucos, foi sendo organizado até chegar a esse quantitativo ideal. “No início, tudo é sempre mais difícil, ainda mais diante de uma pandemia em curso, porém, gradativamente fomos aliando outros fluxos, instalando nossos protocolos juntamente com toda a nossa equipe médica e o HJB, que nos forneceu todo o suporte, desde a internação até a alta do paciente, apoio esse crucial para nossas cirurgias. Atualmente, graças ao empenho de todos, temos alcançado excelentes números nas produções cirúrgicas, em torno de 70 procedimentos ao longo do mês”, relatou.

Ele destacou, ainda, que a equipe que opera é a mesma que fica de sobreaviso para atender as intercorrências cirúrgicas no HJB. “Então, é um serviço que é composto por uma equipe de cirurgiões altamente qualificados (Felipe Xavier, Cassia Oliveira, Regiane Batista, Igor Seto, André Brandão e Ana Luísa), que veio para somar muito e melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, aqui no estado do Pará”, avaliou.

O secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, parabeniza as equipes médica e multiprofissional do Jean Bitar pelo avanço alcançado no último ano. “Espero que o serviço possa se expandir e beneficiar cada vez mais usuários do SUS com procedimentos relativamente simples, mas que melhoram consideravelmente a qualidade de vida e o dia a dia das pessoas”, comentou.