Adepará comunica início do período do Vazio Sanitário da Soja no Pará
A partir desta quarta-feira (15), está proibido cultivar ou implantar cultivos de soja, bem como manter plantas vivas da espécie
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta produtores rurais sobre o início, nesta quarta-feira (15), do primeiro período relacionado ao Vazio Sanitário da Soja no Estado, quando é proibido cultivar ou implantar cultivos de soja, bem como manter ou permitir a presença de plantas vivas da espécie em qualquer fase de desenvolvimento.
De acordo com a portaria No 516/2022 da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no período compreendido entre 15 de junho e 15 de setembro, fica proibida a presença de plantas vivas de soja em 34 municípios paraenses, localizados nas regiões sul, sudeste e sudoeste do Estado, além de dois distritos desta mesma região.
O objetivo do vazio sanitário é prevenir e controlar a principal praga que acomete as plantações de soja: o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra. O fungo possui alta capacidade de reprodução e disseminação.
A portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja em todo o País para o ano de 2022 prevê também no segundo semestre deste ano outros dois períodos de proibição de cultivo ou presença de plantas vivas de soja no território paraense.
Veja o cronograma:
15 de junho a 15 de setembro - 34 municípios e 02 distritos do sul, sudeste e sudoeste
01 de agosto a 30 de outubro - 72 municípios do nordeste do estado, RMB e Parte da Ilha de Marajó
15 de agosto a 15 de novembro - 35 municípios do oeste do estado e Parte da Ilha do Marajó
Municípios com a proibição, desta quarta-feira (15) até 15 de setembro de 2022:
Bannach, Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do Araguaia, PauD'Arco, Redenção, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu, Tucumã, Água Azul do Norte, Rio Maria, Sapucaia, Xinguara, Brejo Grande do Araguaia, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Palestina do Pará, Piçarra, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, São João do Araguaia, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Parauapebas, Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Trairão, além dos distritos de Cachoeira da Serra e Castelo de Sonhos.
Produto Exportação
A soja é o principal produto da pauta de exportação brasileira, alcançando, em 2020, o volume recorde de 119,4 milhões de toneladas exportadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grão tem apresentado um ritmo significativo de crescimento no Pará. Entre os anos de 2010 e 2020, a área cultivada expandiu de 85,4 mil para 603.473 mil hectares, tornando-se a cultura de maior representatividade no Estado. A soja, atualmente, representa cerca de 25% do valor exportado pelo setor no Pará.
Diante da importância econômica do agronegócio para o Estado, há uma demanda significativa para a prevenção e controle das pragas que atacam a cultura. A Adepará executa a defesa sanitária na sojicultura paraense, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), assim como as demandas do Programa Estadual.
Texto de Rosa Cardoso