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Mais uma empresa chinesa conhece projeto da Ferrovia Paraense

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/11/2017 00h00

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, recebeu na manhã desta segunda-feira (20), representantes da China Railways Corporation, empresa estatal chinesa criada em 2013 e uma das responsáveis pelas ações ferroviárias do país asiático. A China tem a terceira maior malha ferroviária do mundo, com 98 mil quilômetros. O motivo do encontro foi a tomada de informações sobre o projeto da Ferrovia Paraense.

O projeto é o mais amplo empreendimento logístico em curso no Estado, e um dos maiores do país, com previsão de 1.312 Km de extensão, com início no município de Santana do Araguaia e chegada em Barcarena, Região Metropolitana de Belém (RMB).

O diretor geral Song Jin Jing, os gerentes Qi Lifang e Nicolas Song, a assistente de negócios Esmeralda Yao e o gerente de negócios Jimmy Chu foram os representantes da empresa na reunião, que também contou com a presença de Maurício Giardello Filho, da Pavan Engenharia, empresa que fez os estudos de viabilidade técnica da ferrovia. Eles conheceram o projeto com mais detalhes, verificaram a estruturação financeira que foi concebida pela BF CAPITAL, escutaram de Adnan Demachki os esforços do governo e entendimentos com governo federal para ampliação do Porto público de Vila do Conde e estudos para dragagem do canal do Quiriri, investimentos necessários para escoamento da carga da ferrovia em sua plenitude e a proximidade de Vila do Conde com os principais portos do mundo em relação aos demais do Brasil.

O secretário lembrou que a ferrovia paraense se apresenta como bem-sucedida e rentável para os investidores na medida em que o empreendimento já conta com demanda de cargas mínimas na região a partir de vários projetos em desenvolvimento de mineração e agronegócio.

O projeto foi concebido para passar apenas por território produtivo, evitando todas áreas indígenas, de quilombolas, e ainda de florestas, com o licenciamento ambiental está sendo conduzido por órgãos estaduais. “Sempre foi uma preocupação do governo do Estado de ter um empreendimento que respeitasse as comunidades tradicionais e com o menor impacto possível”, enfatizou Demachki.

O encontrou foi mais um entre o governo e os representantes da China Railways Corporation, que já haviam tido uma conversa quando da viagem da comitiva paraense à China em setembro desse ano. No dia 28 deste mês, o governador Jatene e o secretario Adnan Demachki se reunirão com a CREC com a presença do embaixador chinês em Brasília, para mais uma rodada de conversas sobre a ferrovia. Os representantes da empresa asiática receberam todos os documentos, projetos, para promoverem os estudos necessários para avaliação da participação da empresa na licitação.

A Ferrovia – A Ferrovia Paraense cortará o Estado de Sul a Norte em 1.312 quilômetros, conectando-se com a Ferrovia Norte-Sul, permitindo que esta chegue até o Porto de Barcarena, que no Brasil é o mais próximo dos grandes mercados consumidores como China, Europa e Estados Unidos.

O custo do projeto é estimado em R$ 14 bilhões, considerando investimentos na construção da própria ferrovia e de entrepostos de carga. A interligação da Ferrovia Paraense com a Norte-Sul, num trajeto de apenas 58 quilômetros entre Rondon do Pará (PA) e Açailândia (MA) – trecho final da Norte-Sul – abre caminho para uma nova alternativa de escoamento de carga em um porto paraense, e é um dos atrativos do projeto para a iniciativa privada. A Ferrovia Paraense cruzará 23 municípios paraenses e terá capacidade de carga de até 170 milhões de toneladas/ano.