Desmatamento reduz 53% em áreas sob jurisdição do Estado
Informações foram obtidas com base em levantamentos do Deter/Inpe
De acordo com o levantamento do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento em área sob jurisdição estadual reduziu 53% no mês de maio de 2022, ao compararmos com o mesmo período do ano passado. A diminuição em áreas de governança do Estado é maior do que a redução alcançada em todo o território paraense, ou seja, somando as áreas estaduais e federais, que atingiu a marca de 49% ao comparar o quinto mês do ano, de 2021 e 2022.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (06) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).O sistema Deter, do Inpe, realiza um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura vegetal na Amazônia para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal a órgãos com essas competências.
No Pará, o monitoramento do desmatamento é realizado pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (CIMAM) através dos dados gerados pelo sistema DETER, com apoio de imagens de satélite disponíveis em diferentes plataformas, como a do Programa NICFI (Through Norway’s International Climate & Forests Initiative) do Ministério do Meio Ambiente da Noruega, em que o estado do Pará tem acesso diferenciado em relação aos outros estados do país.
“Assim, hoje, nós dispomos de imagens e sistemas de monitoramento que são responsáveis por dar total transparência sobre a condição do desmatamento e queimadas no estado do Pará. Dispomos de tecnologias que nos permitem saber onde acontece, velocidade e a frequência com que esses eventos acontecem no território paraense. Isso é possível não apenas porque o estado optou por utilizar os sistemas oficiais disponíveis, mas também pelas articulações feitas com instituições de pesquisa como o INPE, organizações não governamentais e adesão à Programas como NICFI e SERVIRAMAZONIA”, explicou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.
Em campo, equipes da fiscalização da Semas, em conjunto com as forças de segurança estaduais (Polícias Civil, Militar, Científica e Corpo de Bombeiros) atuam na repressão do desmatamento e outros crimes ambientais, orientados pelas informações extraídas dos sistemas.
“A gente tem feito as operações Amazônia Viva, dentro do contexto da Força Estadual de Combate ao Desmatamento. Percebemos que em uma sequência, essa permanência, como nós esperávamos, faz com que a gente diminua, porque cria aquele sentimento em quem desmata, de que alguma coisa vai acontecer, que ele não vai ficar impune”, enfatizou o titular da Semas.
Oportunidades
Para fazer com que a pessoa não cometa mais ilícitos ambientais e tenha outras oportunidades de geração de renda, sem destruir a natureza, a Semas oportuniza novos mecanismos de produção sustentável.
“Evidentemente que além da repressão, a gente tem ações para prevenção, que são as nossas políticas que estamos colocando em prática , como o Plano Amazônia Agora, o Programa Territórios Sustentáveis, Programa Regulariza Pará, aumento da análise de CAR, que alavancou consideravelmente. Então, a gente tem feito um mosaico de ações, de iniciativas que têm levado a essa taxa de redução”, concluiu o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida.