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Revista Fapespa amplia o diálogo da ciência com a sociedade

Fundação firmou parceria com o Forma Pará para expandir pesquisas e estudos

Por Governo do Pará (SECOM)
31/05/2022 21h11

O governo do Estado segue fortalecendo a ciência e a pesquisa no Pará, como estratégia vital para o desenvolvimento de soluções e de políticas públicas em prol dos 144 municípios. 

Nesta terça-feira (31), a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) lançou oficialmente a revista Fapespa, publicação de divulgação científica que presta contas à sociedade sobre os investimentos e principais achados dos trabalhos fomentados pela instituição.
Marcel do Nascimento Botelho, presidente da Fapespa, afirma que não se tratam de artigos científicos, mas sim de ações direcionadas à sociedade. “Temos uma amostra, escolhemos alguns projetos que têm um impacto bem direto para a nossa sociedade e vai estar disponível online para toda a população. Com isso, nós transbordamos, passamos do muro das instituições para a sua casa, de forma compreensível”, afirma o presidente.

Desde 2019, o Governo do Estado tem investido de forma progressiva na ciência com o aporte de R$ 164.195.253,02, em pesquisas por todo o Pará. Somente em 2022, são mais de R$ 73 milhões. “A Fapespa tem uma ação muito específica de fomentar a pesquisa e desenvolver os seus próprios estudos. Ao longo de 3,5 anos foram mais de 200 instrumentos de colaboração celebrados com diferentes instituições de pesquisa no Estado, se tratando de bolsas e projetos de pesquisas. A sociedade precisa da ciência e o Governo do Estado entende isso”, acrescentou Marcel.
A revista traz o apoio ao projeto Framework que dá continuidade aos estudos do comportamento de doenças epidemiológicas, que iniciou com a Covid-19, e serviu de orientação para a tomada de decisão certeira no combate à pandemia. 

“Hoje já estamos aplicando em outras áreas, fazendo monitoramento, por exemplo, da hanseníase e bactérias resistentes em hospitais. Estamos atentos ao que está acontecendo, às novas tendências e os dados analisados dão os alertas, pois temos profissionais de diversas áreas trabalhando de forma integrada”, comentou Marcos de Barros Braga, pesquisador coordenador do projeto Framework.

As pesquisas também destacam as inovações nas cadeias produtivas, conforme aponta Sebastião Rolim, pesquisador e coordenador do projeto Melhoramento Genético de Búfalos no Arquipélago do Marajó. 
“Estamos levando uma melhoria na produtividade desses animais, com genética de alta qualidade para o rebanho. O búfalo tem uma importância muito grande, é o maior rebanho do Brasil e o segundo do mundo. A ideia é que a tecnologia ajude a melhorar a vida das pessoas com o aumento da produção de carne e de leite. O projeto usa ferramentas como a inseminação artificial, coleta de sêmen e a produção in vitro”, explicou o coordenador do projeto que tem entre seus resultados o nascimento da Japonesa, a primeira búfala de proveta do estado do Pará. 

Forma Pará
Durante o evento de lançamento, a Fapespa assinou um termo de investimento que garantem R$ 1,77 milhão, para a universalização da pesquisa em todo o Estado, no âmbito do Programa Forma Pará. Serão 60 turmas em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). 

As turmas terão um total de 810 bolsas de iniciação científica, totalizando 1.499 somente em 2022. Desde 2019, a Fapespa já viabilizou 4.441 bolsas para estudantes, também de forma progressiva, sendo 762, em 2019, 986, em 2020, 1194, em 2021.

Para o reitor da Uepa, Clay Chagas, é muito importante contar com a parceria da Fapespa, bem como com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet). De acordo com o gestor, além de garantir curso nas localidades, sem separar os estudantes das famílias no interior, as bolsas auxiliam na formação do pesquisador, gerando o estímulo para que o jovem participe da iniciação científica e se mantenha na universidade, inclusive com apoio financeiro. 

“Enquanto o governo federal vem buscando reduzir verbas para a ciência, o Governo do Estado só ampliou como fica claro nos dados. Para nós, universidades que precisam fazer pesquisas, gerar desenvolvimento e formar pessoas isso é fantástico. Somos o principal parceiro do Programa Forma Pará que leva a universalização do ensino superior para todos os municípios, é algo muito positivo. Estamos no caminho correto de elevados investimentos em ciência, tecnologia e formação superior”, afirma o reitor.
Clique aqui para acessar a Revista Fapespa https://drive.google.com/file/d/1nz16VCPduqcAryZv0H6JQ5G0AACEVQ0D/view?usp=drivesdk