Ophir Loyola agiliza realização de exames e a entrega de laudos
Unidade renovou contrato com empresa especializada em serviços laboratoriais ampliando a realização de exames
Um dos desafios do tratamento oncológico na rede de saúde pública do Brasil é ampliar não só em números, mas em qualidade a oferta de profissionais e serviços prestados à população. O Hospital Ophir Loyola (HOL) renovou contrato com empresa especializada em serviços laboratoriais, a fim de aumentar o quantitativo e a lista de exames de alta complexidade da anatomia patológica para garantir mais agilidade no atendimento a pacientes.
A solução estratégica em saúde atende a demanda crescente de usuários que necessitam de confirmação de diagnósticos e de avaliação prognóstica. Eles passaram a ter suporte especializado para a realização de biópsias de congelação e acesso mais célere a exames citopatológicos, imuno-histoquímicos e testes moleculares. Após a realização, o tempo médio para o retorno dos laudos é de cinco dias corridos no sistema on-line da contratada. Em ocasiões específicas, como em casos de transplantes, o laudo retorna no mesmo dia.
“Isso é um avanço extraordinário para o SUS, os laboratórios de Belém demoram de dez a 15 dias para liberarem um laudo, mesmo a pacientes de convênio. Estamos garantindo um diagnóstico preciso e ágil, uma peça chave para a definição da melhor conduta terapêutica. Uma tomada de decisão para aumentar a capacidade de atendimento e permitir ao paciente iniciar mais brevemente a quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Reduz também o risco de comorbidades, tornando o tratamento mais eficaz”, comemora a Superintendente do Instituto de Oncologia do HOL, dra. Ana Paula Borges.
Os resultados foram possíveis devido à contratação da empresa terceirizada, situada em Belém, ser certificada pelo Programa de Acreditação e Controle de Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia, e que disponibilizou cinco médicos patologistas para atender a casa de saúde. Para os exames imuno-histoquímicos, a reprodutibilidade das reações ocorre em plataformas automatizadas que concluem os protocolos em até 4h, e reduzem a interferência de fatores humanos.
“A empresa atua exclusivamente na realização dos exames contratados, e não há a necessidade de enviar as peças a outro estado, situação que antes ocasionava a espera de 30 dias ou mais pelos resultados. Ter um serviço de anatomia patológica dentro de um hospital oncológico é de grande valia”, ressaltou a superintendente.
As biópsias de congelação ajudam a reconhecer durante a realização do ato cirúrgico se um fragmento de tecido ou órgão lesado está comprometido pelo câncer. O resultado obtido pelo patologista define o rumo da cirurgia oncológica, são realizadas cerca de 80 congelações por mês no Ophir Loyola. “O câncer de mama é a nossa maior demanda por congelação, com duas aplicabilidades. Nas cirurgias conservadoras, retiramos o tecido com o intuito de garantir ao cirurgião que as margens estão livres do tumor, encerrando o procedimento e conservando o tecido mamário livre de lesão, sem mutilações”, afirma o médico patologista terceirizado, Augusto Silva.
A congelação também avalia se o "lifonodo sentinela” axilar - primeiro linfonodo corado pelo cirurgião, durante o procedimento cirúrgico e entregue ao patologista - está acometido ou não por neoplasia metastática. “Em caso negativo, a cirurgia é encerrada, porque o restante da cadeia linfonodal também estará livre. Não precisa esvaziar a axila da paciente, evitando comorbidades. O hospital terá um patologista exclusivo para realizar as biópsias de congelação diariamente. Um diferencial, haja vista a especialidade atender somente de forma privada, e não por convênio”, ressalta o patologista.
Os benefícios da contratação também se estenderam aos transplantados com a realização da biópsia renal, com patologista de prontidão. “Pacientes transplantados renais precisam ser monitorados de forma periódica. Caso apresentem alteração nos exames que indiquem rejeição, o especialista solicita uma biópsia do implante. Se confirmada a suspeita, aumentará a dosagem de imunossupressores, reduzindo o risco do paciente perder o órgão transplantado”, enfatiza Silva.
Outra indicação é garantir a durabilidade do transplante. “Caso o nefrologista desconfie que o órgão deixou de funcionar, avaliamos por meio da biópsia se existe rejeição crônica para o paciente voltar à fila de espera por uma nova doação de rim. Para aqueles que transplantaram recentemente, o exame ajudará a obter uma resposta imediata sobre a condição do órgão. Por isso, o serviço estará disponível 24h dispos equipe transplantadora e retornará com o laudo no mesmo dia”, conclui o patologista.
A empresa disponibiliza um link a setores específicos do hospital (ambulatório, centro cirúrgico, oncologia) para que a equipe assistencial tenha acesso imediato a todos os laudos do HOL. Se um paciente comparecer a uma consulta no ambulatório, o profissional acessa o sistema e consegue consultar as informações, imprimi-las e lançá-las no prontuário. Os médicos têm acesso às informações de qualquer local do hospital com acesso à internet.
Texto de Leila Cruz (Ascom Ophir Loyola)